Guarda | Investimento ultrapassou os 400 mil euros


As obras de “Requalificação do Conjunto Histórico da Póvoa do Mileu”, na Guarda foram inauguradas no último sábado, dia 4 de Junho. O investimento, que ultrapassou os 400 mil euros, foi financiado em 85 por cento por fundos europeus do Plano Operacional do Centro 2020.
A obra, realizada no âmbito do PEDU – Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano, requalificou todo o espaço envolvente à Capela e à Estação Arqueológica, tornando-o num espaço multifuncional.
O presidente da Câmara da Guarda referiu que o “espaço estava quase abandonado, apesar da riqueza histórica que comporta”. E acrescentou: “Representa a nossa memória colectiva, que no caso atravessa várias eras”. Sérgio Costa disse que “é obrigação e vontade férrea deste Executivo preservar e contribuir para a investigação dessa história, que devemos divulgar e transmitir não só aos guardenses, mas também aos que nos visitam”.
A directora Regional de Cultura do Centro também participou na cerimónia de inauguração tendo destacado a importância deste novo activo cultural para a Guarda. Suzana Menezes, em representação da secretária de Estado da Cultura, disse que se tratou de um processo de escuta, reflexão e diálogo entre investigadores, técnicos e a Direcção Regional de Cultura do Centro, cujo papel, mais do que “fiscalizar é de preservar e valorizar o património Cultural”.
O Bispo da Guarda procedeu à bênção do espaço agora requalificado e dotado com as necessárias infra-estruturas para que possa ser utilizado com a maior frequência possível por todas as pessoas.
Recorde-se que o lançamento do concurso para execução da obra de requalificação do conjunto histórico da Póvoa do Mileu, na Guarda, aconteceu em 2018. Na altura, a conclusão das obras foi anunciada para o ano seguinte, mas o processo sofreu alguns atrasos.
Recorde-se que a Estação Arqueológica do Mileu foi descoberta em 1953, durante os trabalhos de construção da estrada que faz a ligação entre o centro da cidade e a zona da Guarda-Gare. Naquele sítio, para além das ruínas do período romano que remontam aos séculos I e II, está também situada a capela românica da Senhora do Mileu, datada do século XIII e classificada, desde 1950, como Imóvel de Interesse Público, pela Direcção Geral do Património.