Vaticano
O Papa Francisco recordou, no Domingo, 14 de Setembro, no Vaticano, os cristãos que vivem sem liberdade religiosa e são perseguidos por causa da sua fé.
“Pensemos com comoção nos nossos muitos irmãos e irmãs que são perseguidos e mortos por causa da sua fidelidade a Cristo. Isto acontece em particular onde a liberdade religiosa não está garantida ou plenamente realizada”, disse, perante milhares de peregrinos reunidos na Praça de São Pedro para a recitação do ângelus.
De acordo com o Papa, a situação verifica-se ainda em países e espaços onde, em teoria, se tutela a liberdade e os direitos humanos, “mas onde os crentes e especialmente os cristãos encontram limitações e discriminações”.
O Papa recordou o início, nesta semana, de uma missão das Nações Unidas para a “pacificação” da República Centro-Africana, procurando “proteger a população civil, que está a sofrer gravemente com as consequências do conflito em curso”.
“Que a violência ceda quanto antes lugar ao diálogo; que as facções opostas deixem de lado interesses particulares e procurem trabalhar para que cada cidadão, qualquer que seja a etnia ou religião a que pertence, possa colaborar para a edificação do bem comum”, acrescentou.
O Papa falou também da visita que fez, no dia 13 de Setembro, ao cemitério militar de Redipuglia, no norte da Itália, onde rezou pelos mortos da I Guerra Mundial.
“Os números são assustadores, fala-se de cerca de 8 milhões de jovens soldados caídos e de cerca de 7 milhões de civis. Isto faz-nos perceber quanto a guerra é uma loucura, uma loucura da qual a humanidade ainda não aprendeu a lição”, afirmou.
Depois da II Guerra Mundial e das “tantas outras guerras” que decorrem hoje no mundo, o Papa Francisco disse que é claro que “a resposta da guerra apenas faz aumentar o mal e a morte”.
“Quando aprenderemos?”, perguntou, defendendo que “o ódio e o mal são derrotados com o perdão”.
A catequese papal centrou-se na celebração da festa litúrgica da exaltação da Santa Cruz (14 de Setembro), sinal de “esperança” para os católicos, que mostra a “omnipotência da misericórdia de Deus”.