Vaticano
No último Domingo, 23 de Agosto, o Papa Francisco mostrou-se preocupado com a violência e a crise humana na Ucrânia e apelou ao respeito pelos acordos de paz entre as partes em conflito no leste do país.
“Sigo com preocupação o conflito na Ucrânia oriental, que voltou a aumentar nestas últimas semanas, e renovo o meu forte apelo para que sejam respeitados os compromissos assumidos pela pacificação”, referiu, perante milhares de pessoas reunidas na Praça de São Pedro, Vaticano, para a recitação da oração do ângelus.
O Papa Francisco pediu ainda que com a ajuda das “organizações internacionais” e das “pessoas de boa vontade”, se responda à “emergência humana” na Ucrânia.
As contendas entre forças governamentais e separatistas pró-russos têm vindo a intensificar-se nos últimos dias na cidade ucraniana de Mariupol, no litoral leste, provocando várias mortes, de acordo com a imprensa local.
O Papa Francisco encerrou o seu apelo com uma oração para que “o Senhor conceda a paz à amada terra ucraniana”, que esta segunda-feira celebrou a sua festa nacional.
O Papa Francisco disse no Vaticano que as palavras de Jesus colocam os crentes “em crise diante do espírito do mundo e da mundanidade”, respondendo à “fome de infinito”.
O Papa apresentou também uma reflexão sobre o discurso do ‘Pão da vida’, pronunciado por Jesus logo após o milagre da multiplicação dos pães e dos peixes.
Ao entusiasmo do milagre seguiu-se a decepção do povo, face a um discurso “duro” que rejeitava a imagem de um Messias “vencedor”. Para Francisco, a verdadeira causa da incompreensão das palavras de Jesus é a falta de fé, recordando que “muitos dos seus discípulos voltaram para trás”. Os discípulos que ficaram foram questionados pelo próprio Cristo e foi São Pedro a fazer a confissão de fé em nome dos outros apóstolos: “Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna”.