Vaticano
No último Domingo, 24 de Agosto, o Papa Francisco deixou votos de “paz e serenidade” para a Ucrânia, que assinalava nesse dia a festa da independência, e pediu o fim dos confrontos nesta região da Europa.
“O meu pensamento dirige-se de forma particular para a amada terra da Ucrânia, cuja festa nacional se celebra hoje, a todos os seus filhos e filhas, aos seus desejos de paz e de serenidade ameaçados por uma situação de tensão e conflito que não parece aplacar-se, gerando tanto sofrimento entre a população civil”, declarou, perante dezenas de milhares de pessoas reunidas na Praça de São Pedro.
A intervenção foi saudada por uma salva de palmas por parte dos presentes, que o Papa convidou a rezar uma Ave-Maria pelos ucranianos, “sobretudo pelas vítimas, as suas famílias e quantos sofrem”.
“Recebi uma carta de um bispo, em que conta toda esta dor. Rezemos juntos, a Nossa Senhora, por esta amada terra da Ucrânia, no dia da sua festa nacional”, acrescentou.
A tradicional catequese dominical, no encontro para a recitação do ângelus, foi dedicada ao momento em que Jesus atribui ao seu discípulo Simão o nome de Pedro, ‘pedra’ que é “o fundamento visível da unidade da Igreja”.
O Papa destacou que São Pedro, considerado primeiro Papa da Igreja e do qual todos os pontífices são sucessores, tinha uma “fé fiável” sobre a qual Jesus quis “construir a sua Igreja, isto é, a sua comunidade”, fundada “sobre a fé”.
“Todos os baptizados são chamados a oferecer a Jesus a sua fé, pobre mas sincera, para que Ele possa continuar a construir a sua Igreja, hoje, em todas as partes do mundo”, prosseguiu.
O Papa convidou os cristãos a fazer uma “profissão de fé” em Jesus, que hoje é para muitos “um grande profeta, um mestre de sabedoria, um modelo de justiça”, mas não Deus.
“Rezemos a Deus, pela intercessão da Virgem Maria, para que nos dê a graça de responder, com coração sincero: ‘Tu és o Cristo, o filho do Deus vivo’”, apelou.
O Papa Francisco dirigiu-se directamente à multidão, que foi chamada a repetir por três vezes este ‘credo’, sobre a divindade de Jesus, e questionou os presentes sobre a sua fé.
“Como está a tua fé; o que encontra o Senhor nos nossos corações: um coração são, como a pedra, ou um coração arenoso, com dúvidas, desconfiado, incrédulo?”, perguntou o Papa.