As notícias do distrito da Guarda e da região interior centro

Papa e patriarca de Constantinopla pedem intervenção em defesa dos cristãos

Médio Oriente

O Papa Francisco e o Patriarca ecuménico de Constantinopla (Igreja Ortodoxa), Bartolomeu I, assinaram uma declaração conjunta na Turquia em que apelam à intervenção internacional em defesa dos cristãos no Médio Oriente.
“Expressamos a nossa preocupação comum pela situação no Iraque, na Síria e em todo o Médio Oriente”, refere o texto, divulgado pelo Vaticano.
A assinatura decorreu, no dia 30 de Novembro, na sede do Patriarcado Ecuménico de Constantinopla, a actual Istambul, após uma celebração na igreja de São Jorge, assinalando a festa de Santo André, patrono do patriarcado. O Papa Francisco e Bartolomeu I denunciam a “dramática situação dos cristãos e de todos aqueles que sofrem no Médio Oriente”, que exige “não só uma oração constante mas também uma resposta apropriada por parte da comunidade internacional”.
“Não podemos resignar-nos com um Médio Oriente sem os cristãos, que ali professaram o nome de Jesus durante dois mil anos”, sustentam os dois líderes cristãos, recordando que muitos “são perseguidos e, com a violência, foram forçados a deixar as suas casas”.
A declaração conjunta revela a unidade de católicos e ortodoxos “no desejo de paz e estabilidade” e na vontade de “promover a resolução dos conflitos através do diálogo e da reconciliação”.
A declaração alude ainda à importância do “diálogo construtivo com o Islão”: “Muçulmanos e cristãos são chamados a trabalhar, juntos, por amor da justiça, da paz e do respeito pela dignidade e os direitos de cada pessoa, especialmente nas regiões onde durante séculos viveram em coexistência pacífica e agora, tragicamente, sofrem juntos os horrores da guerra”.
O Papa e o Patriarca ecuménico deixam uma palavra de solidariedade a “todos os povos que sofrem por causa da guerra”, em particular na Ucrânia.
“Apelamos às partes envolvidas no conflito para que procurem o caminho do diálogo e do respeito pelo direito internacional para pôr fim ao conflito e permitir que todos os ucranianos vivam em harmonia”, referem.
Esta declaração foi assinada no âmbito da visita do Papa Francisco à Turquia, que decorreu de 28 a 30 de Novembro.

Notícias Relacionadas