Vaticano
O Papa associou-se na noite de sábado, 23 de Abril, à vigília de oração e festa que os participantes no Jubileu dos adolescentes celebraram no Estádio Olímpico de Roma, e disse-lhes que a vida sem Jesus é como um telemóvel sem sinal.
“Estou certo de que isto também acontece convosco: às vezes o telemóvel fica sem sinal, nalguns lugares. Pois bem, lembrem-se que se Jesus não está em nossa vida é como não ter sinal. Não se consegue falar e fechamo-nos em nós mesmos”, declarou, numa videomensagem transmitida nos ecrãs gigantes do estádio.
Francisco convidou os jovens a ficar “onde há sinal” que lhes permite viver a sua fé, “a família, a paróquia, a escola”.
A noite de testemunhos, oração e reflexão foi uma das etapas da celebração do Jubileu que os adolescentes celebraram com o Papa, horas depois de o próprio pontífice se ter associado à celebração do Sacramento da Reconciliação, confessando vários jovens na Praça de São Pedro.
Na videomensagem transmitida no Estádio Olímpico de Roma, Francisco agradeceu a presença dos jovens e falou dos lenços que muitos deles estavam a usar, evocando as obras corporais de misericórdia.
“As obras são gestos simples, que pertencem à vida de todos os dias, permitindo reconhecer o rosto de Jesus no rosto de tantas pessoas. Inclusive jovens! Jovens como vocês que têm fome, sede, que são refugiados ou forasteiros ou doentes e pedem a nossa ajuda e a nossa amizade”, explicou.
Francisco disse ainda que ser misericordiosos significa também ser capazes de perdoar, algo que “não é fácil”.
“Não permaneçamos com rancor ou com desejo de vingança! Não serve para nada: é um bicho que come a alma e não nos permite ser felizes. Perdoemos”, apelou.
No Domingo, 24 de Abril, o Papa Francisco lembrou, no Vaticano, os cristãos que foram sequestrados na Síria e que continuam desaparecidos, nalguns casos há vários anos.
“É sempre grande a minha preocupação com os irmãos bispos, sacerdotes e religiosos, católicos e ortodoxos, sequestrados há muito tempo na Síria”, declarou, no final da Missa a que presidiu na Praça de São Pedro, para o Jubileu dos adolescente, no ano santo da Misericórdia.
Um dos casos mais conhecidos é o dos bispos metropolitas de Alepo – o sírio-ortodoxo Mar Gregorios Yohanna Ibrahim e o greco-ortodoxo Boulos Yazigi –, desaparecidos desde 22 de abril de 2013, situação que se repete com vários religiosos cristãos na Síria. O Papa rezou para que “Deus misericordioso toque o coração dos sequestradores e conceda quanto antes” a liberdade a estas pessoas, para que possam regressar às suas comunidades. “Convido-vos todos a rezar por esta intenção, sem esquecer as outras pessoas sequestradas no mundo”, acrescentou.