O Banquete está pronto, a mesa está posta: Convidai todos os que encontrardes

DOMINGO XXVIII DO TEMPO COMUM

Neste XXVIII Domingo do tempo Comum, a liturgia da Palavra coloca diante de nós a Universalidade da Salvação, simbolizada na imagem do banquete sobre o monte para todos os povos, no dizer de Isaías e na parábola do evangelho, a mesma imagem do banquete, desta vez nupcial, em que os convidados não aceitaram comparecer e o convite foi alargado a todos os que encontrassem.
Assim podemos dizer que o Reino dos Céus, isto é, alcançar a salvação, é esta imagem do banquete preparado por Deus, para o qual todos são convidados.
Hoje como no passado, a missão da Igreja é convidar, fazer chegar o convite a todos, para que todos tenham a possibilidade de se juntarem à mesa do Banquete Pascal, na Eucaristia, isto é, à mesa do Banquete celeste.
Na primeira leitura, o Profeta Isaías, descreve a concretização na História, do cumprimento da Promessa de Deus para com o Seu povo. Sabre a montanha de Jerusalém, onde está o templo do Senhor, reunirá todos os povos e estes viverão em unidade, não haverá lugar para o ódio, para a guerra e para a injustiça.
Por isso, a imagem do banquete, o estar sentado à mesa revela esta proximidade e intimidade para se partilhar a experiência de vida e aprofundar a ligação familiar e com os amigos. É também a imagem de algo agradável que desencadeia sentimentos positivos e desejos sinceros de partilha do que se é e do que se tem.
Por isso, também no evangelho, São Mateus, a parábola contada por Jesus, tendo como destinatários novamente os Príncipes dos Sacerdotes e os Anciãos do Povo, revela o desejo profundo de Deus de reunir os seus filhos à volta do banquete preparado por Si. É um convite de Amor que Deus faz, pois não quer excluir ninguém.
Porém, ontem como hoje, nem sempre o convite de Deus é bem acolhido, como nos é dito na parábola do evangelho e aqui é que devemos refletir sobre as reais dificuldades de fazer chegar o convite aos homens e mulheres do nosso tempo para participarem no banquete da Salvação.
Se por um lado, a maior das dificuldades, a quem se lança o convite, é a indiferença, por outro lado, hoje a aversão por parte de alguns a qualquer manifestação religiosa, colocam sempre o negativo como imagem que destrói a ação do religioso.
Assim, a Parábola do Rei que prepara um Banquete para o seu filho, dá a conhecer esta atitude que hoje é cada vez mais profunda, A Indiferença. É referido que aqueles servos, diante do convite que lhes foi feito, vão-se embora sem fazer caso, um para o campo outro para o negócio.
É esta a atitude, daqueles que não querem ouvir falar de religião e por isso nem escutam, nem estão interessados, seja a dialogar, seja a refletir, porque temem que a Religião possa retirar liberdades individuais, fogem do compromisso e não estão dispostos a sacrificar nada daquilo que faz parte do seu quotidiano. Esta atitude leva tantas vezes a degenerar no relativismo, que leva a duvidar ou nem sequer aceitar, como verdadeiras, as bases do pensamento religioso.
A outra atitude, a aversão a qualquer manifestação do religioso, leva a que se usem todos os modos de influência para silenciar qualquer discurso religioso e enfraquecer o papel da religião.
São estas atitudes que a missão da Igreja, no anúncio do Reino dos Céus, encontra no mundo de hoje, por isso, a confiança no Senhor Deus capacita ainda mais os mensageiros da Boa Nova e da Paz, fortalecendo também a coragem, a determinação e a coerência.
Cada um de nós, fazendo parte daqueles que fazem chegar o convite de Deus, mesmo no meio de dificuldades e incertezas, aos Homens de Hoje, tenhamos na nossa mente e no nosso coração aquilo que São Paulo nos ensina na segunda leitura: “Tudo posso n’Aquele que me conforta”.

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