Vaticano
O Papa Francisco presidiu este sábado, 19 de Novembro, ao terceiro consistório do seu pontificado, para criar 17 cardeais, dos quais 13 eleitores (com menos de 80 anos), reforçando o papel das “periferias” no Colégio Cardinalício. Na homilia do consistório público a que presidiu na Basílica de São Pedro, recordou o drama dos refugiados em todo o mundo, num dia em que criou cardeal o seu representante diplomático (núncio apostólico) na Síria.
D. Mario Zenari, primeiro dos cardeais na ordem de nomeação, saudou o Papa, em nome de todos, e evocou os cristãos que morrem por causa da sua fé, bem como a humanidade “ferida no corpo e no espírito”.
O núncio apostólico em Damasco evocou “milhões” de pessoas deixadas “mortas ou meio-mortas” nas ruas ou sob os “escombros” de casas e escolas por causa de conflitos “sangrentos, desumanos e inexplicáveis” que provocam “catástrofes humanas de enormes proporções”.
De acordo com o Vaticano, esta é a primeira vez que um representante diplomático do Papa é criado cardeal permanecendo na Nunciatura Apostólica em que se encontrava. Além de D. Mario Zenari (Itália), foram criados 12 cardeais eleitores (com menos de 80 anos): D. Dieudonné Nzapalainga (República Centro-Africana), arcebispo de Bangui; D. Carlos Osoro Sierra (Espanha), arcebispo de Madrid; D. Sérgio da Rocha (Brasil), arcebispo de Brasília; D. Blase J. Cupich (EUA), arcebispo de Chicago; D. Patrick D’Rozario, arcebispo de Daca (Bangladesh); D. Baltazar Enrique Porras Cardozo (Venezuela), arcebispo de Mérida; D. Jozef De Kesel (Bélgica), arcebispo de Bruxelas; D. Maurice Piat (Maurícia), arcebispo de Port-Louis; D. Kevin Joseph Farrell (EUA), prefeito do Dicastério para os Leigos, Vida e Família (Santa Sé); D. Carlos Aguiar Retes (México), arcebispo de Tlalnepantla; D. John Ribat, arcebispo de Port Moresby (Papua Nova-Guiné); D. Joseph William Tobin (EUA), arcebispo nomeado de Newark, até agora arcebispo de Indianápolis.
O Papa Francisco criou cardeais com mais de 80 anos: D. Anthony Soter Fernandez (Malásia), arcebispo emérito de Kuala Lumpur; D. Renato Corti, arcebispo emérito de Novara (Itália); D. Sebastian Koto Khoarai, bispo emérito de Mohale’s Hoek (Lesotho).
O último cardeal a receber o barrete e o anel foi o padre Ernest Simoni, de 88 anos, vítima da perseguição do regime comunista na Albânia, a quem o Papa quis beijar a mão, em sinal de reconhecimento.