Vaticano
O Papa Francisco encerrou este domingo, 27 de Setembro, em Filadélfia, a sua primeira viagem aos Estados Unidos da América, onde multiplicou gestos de apoio aos mais desfavorecidos e mensagens religiosas e políticas sobre família, ecologia, migrações e solidariedade.
A visita começou na terça-feira, em Washington, e o Papa discursou no dia seguinte, diante do presidente Barack Obama, na Casa Branca.
Francisco recordou por diversas ocasiões a responsabilidade moral dos EUA em temas como o aborto, as migrações ou o terrorismo.
Ainda na capital norte-americana, o Papa canonizou São Junípero Serra, franciscano do século XVIII que levou a mensagem cristã à Califórnia, recordando todos os que defenderam os direitos das populações indígenas.
Francisco foi o primeiro pontífice a discursar perante o Congresso, manifestando admiração pela história norte-americana antes de apelar ao fim da pena de morte, bem como a uma maior acção na luta contra a pobreza e em defesa do ambiente. Na sede das Nações Unidas, o Papa Francisco aproveitou o palco global para apresentar uma série de preocupações: a reforma da própria ONU e das organizações financeiras internacionais, a pobreza, a crise ambiental, a perseguição dos cristãos.
Em Filadélfia, cidade símbolo da independência dos EUA, o Papa apelou à defesa da liberdade religiosa e ao diálogo entre os vários credos para promover o respeito pelo ser humano. A mesma preocupação tinha marcado a cerimónia inter-religiosa em memória das vítimas dos atentados do 11 de Setembro, no ‘Groud Zero’.
Uma semana antes de dar início a uma nova assembleia do Sínodo dos Bispos, Francisco encontrou-se com milhares de famílias de todo o mundo e pediu aos responsáveis católicos um discurso mais positivo sobre os temas do matrimónio e da vida familiar.
Na Missa final do Encontro, o Papa abriu os braços da Igreja a todos os que trabalham em favor da família, independentemente de raças ou credos.
Simbolicamente, o Papa encontrou-se com alunos imigrantes, sem-abrigo, presos e vítimas de abusos sexuais, a quem prometeu determinação.
A décima e mais longa viagem do pontificado, até ao momento, começou no dia 19 de Setembro, com uma visita de quatro dias a Cuba, mais centrada na comunidade católica, que passou por Havana, Holguín e Santiago.