D. António Moiteiro destaca exemplo da padroeira da diocese
O bispo de Aveiro anunciou a decisão de promover a reabertura do processo de canonização da Beata Joana, padroeira da diocese e da cidade.
D. António Moiteiro disse que quando entrou para a Diocese de Aveiro, em Setembro de 2014, “logo no dia seguinte e nos outros meses” sentiu por parte das autoridades civis e do povo cristão – “organismos religiosos da cidade e da diocese – que a santificação da beata Joana “era um tema pendente”.
O prelado adiantou que durante o processo até ao anúncio da reabertura, esta segunda-feira, também consultou o provincial da Ordem dos Pregadores (dominicanos), uma vez que a beata foi religiosa de clausura no Mosteiro de Jesus das dominicanas em Aveiro.
O anúncio da reabertura do processo de canonização da Beata Joana, princesa de Portugal, foi feito esta segunda-feira nas celebrações dos 50 anos da sua proclamação como padroeira da cidade e diocese onde, esteve exposto o breve pontifício com a declaração do Papa Paulo VI, de 5 de Janeiro de 1965.
A declaração pontifícia explica que foi D. Manuel de Almeida Trindade, bispo de Aveiro, “em nome do clero secular e do clero regular, das autoridades da cidade e de todos os fiéis” que pediu o “patrocínio sobre a cidade e sobre a diocese”.
D. António Moiteiro diz que agora é preciso elaborar um “processo histórico em ordem à declaração das virtudes” e também dar a conhecer “a vida da princesa Joana” e esperar, se “for da vontade de Deus”, pelo milagre necessário para a sua canonização.
A Beata Joana, princesa e herdeira do trono de Portugal, filha mais velha do rei D. Afonso V, nasceu em Lisboa a 6 de Fevereiro de 1452; a irmã de D. João II viveu em Aveiro, de 4 de Agosto de 1472 até 12 de Maio de 1490, de forma “simples, humilde, austera, amiga dos mais pobres” são exemplo para quem “têm responsabilidade civil na construção do bem comum”. “É um modelo de governante, foi herdeira do trono depois deixou tudo mas continua a ser modelo para aqueles que se dedicam ao bem da sociedade”, disse D. António Moiteiro.