Igreja/Portugal
D. Américo Aguiar, até agora auxiliar de Lisboa, foi nomeado, no dia 21 de Setembro, pelo Papa Francisco, como novo bispo de Setúbal. O responsável, que vai ser criado cardeal este sábado, 30 de Setembro, assume uma diocese que se encontrava em sede vacante desde Março de 2022, após a saída de D. José Ornelas para Leiria-Fátima.
Na sua primeira saudação à diocese sadina, D. Américo Aguiar dirige-se a todos os membros da comunidade católica e da sociedade local, assumindo a “honra” por assumir esta missão, evocando a figura do primeiro bispo de Setúbal, D. Manuel Martins, falecido em 2017, “que se fez grande ao lado dos mais pequenos, dos mais pobres, dos mais esquecidos”.
“Posso dizer que nasci cardeal em Setúbal (recebi o anúncio da nomeação num armazém da cidade sadina – onde fazíamos a montagem dos kits/da JMJ), agora sou de Setúbal…/Não tenho pretensão de ser capaz de tanto, mas quero seguir este caminho de entrega, de fidelidade, de capacidade de levar o anúncio do Evangelho, acreditando de corpo e alma que a justiça e a paz são fruto da acção de Deus, sempre que os homens e mulheres de boa vontade assim o permitem”, escreve.
Após agradecer às dioceses de Lisboa e do Porto, que serviu como bispo e sacerdote, respectivamente, o responsável alude à experiência da JMJ 2023 e cita várias das palavras deixadas pelo Papa, para inspirar a sua nova missão, propondo uma Igreja “de todos e para todos”.
A Diocese de Setúbal é constituída por 57 paróquias ou comunidades equiparadas (“quasi-paróquias”), agrupadas em 7 vigararias: Almada, Barreiro-Moita, Caparica, Montijo, Palmela-Sesimbra, Seixal e Setúbal, abrangendo uma superfície de aproximadamente 1500 km2.
Natural da Diocese do Porto, D. Américo Aguiar nasceu a 12 de Dezembro de 1973 e foi ordenado sacerdote em 2001; desde 2016, é presidente das empresas do Grupo Renascença Multimédia, tendo sido nomeado bispo auxiliar de Lisboa pelo Papa Francisco, a 1 de Março de 2019.
Foi ordenado bispo no Porto a 31 de Março de 2019, numa cerimónia que decorreu na Igreja da Trindade, sob a presidência do então cardeal-patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente.