A SABEDORIA leva-nos a Procurar com exigência o Reino do Céus, que sendo algo tão valioso esclarece a nossa ação e a ação de Deus.

DOMINGO XVII DO TEMPO COMUM

A Palavra de Deus para este XVII Domingo Comum, realça a Sabedoria como meio para escolhermos o modo de vida que nos integra no Reino de Deus.
Como Salomão pede a sabedoria para governar com justiça o seu reino, como São Paulo nos esclarece que Deus concorre em tudo para o bem daqueles que O amam e os leva à Salvação e como Jesus nas três parábolas deste evangelho nos diz, que para ficarmos com o mais importante, devemos tantas vezes esvaziar-nos do que é menos importante.
Assim na primeira leitura, o exemplo de Salomão, é para todos os cristãos o ponto mais esclarecedor de que como na oração ao pedirmos o que é fundamental, Deus nos cumula com a abundância dos Seus dons. É, pois, fundamental pedir a Sabedoria necessária para verdadeiramente distinguirmos o Bem do mal.
Na segunda leitura São Paulo, recorda-nos que Deus nos destinou a sermos Seus filhos à imagem do filho primogénito-Cristo, para que concorrendo em tudo para o nosso bem alcancemos a Salvação.
No evangelho, as três parábolas, do tesouro escondido no campo, o negociante que procura pedras preciosa e a rede lançada ao mar que apanha toda a espécie de peixes, colocam a atenção no valor e na preciosidade do Reino dos Céus.
A primeira parábola diz-nos que o Reino dos Céus não é algo que seja evidente ou um dado efetivo, mas requer procura, exige esforço e empenho, paciência e perseverança.
Por isso o valor da vida e o modo de viver que Jesus oferece tem sacrifícios que levam a saber escolher, que envolve riscos e também pressupõe ousadia para que depois saibamos avaliar as coisas que ganhamos e não apenas realçar aquelas de que abdicamos. Deus sempre recompensa e multiplica os dons a quem não tem medo de arriscar escolher a melhor parte e fazer do Reino dos Céus o critério mais valioso da vida.
A segunda parábola diz-nos que o negociante de pedras preciosas, ao encontrar uma de grande valor vende o que tem para a comprar.
A atitude do negociante de pedras preciosas, leva-nos a perceber que ele não encontrou mais uma entre outras, mas encontrou a que verdadeiramente interessa e que sozinha vale mais do que todas as outras.
Encontrar Cristo e o Seu reino é o bem mais precioso que Deus nos pode dar, por isso, naturalmente se deixa de lado o modo de vida anterior, para se viver segundo os ensinamentos preciosos d’Aquele que encontrámos.
A terceira parábola diz-nos que a rede lançada ao mar apanha toda a espécie de peixes, que mais tarde serão sujeitos a uma natural escolha entre bons e maus.
Assim a missão cristã leva a que a evangelização não contenha acepção de pessoas, isto é, todas devem estar na órbita dos evangelizadores, porque a mensagem de Jesus é salvificamente universal. A escolha entre Bons e maus não nos pertence, mas somente a Deus.
A nós cristãos apenas se pede a ousadia do testemunho e a coragem no “lançar as Redes”, procurando que o maior número possível de pessoas seja “apanhado” nestas redes evangelizadoras.
Por isso os ensinamentos de Jesus nas parábolas de evangelho de hoje, leva-nos a tomar consciência que devemos pedir na nossa oração a Sabedoria para saber reconhecer que é necessário procurar o Reino dos Céus, que esta procura é exigente e que o valor do Reino é imensamente maior do que o que deixamos de lado, por isso é comparado à pedra preciosa mais valiosa de todas e o que nos é pedido é coragem e ousadia para lançar as redes, já que a escolha pertence a Deus.

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