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A INICIATIVA AMOROSA DE DEUS: A Aliança e a Reconciliação levadas em Missão

DOMINGO XI DO TEMPO COMUM

Neste XI Domingo Comum a Palavra de Deus, faz-nos recordar que somos membros deste novo Povo de Deus que recorda a Aliança que Ele estabeleceu como Aliança perpétua. É na condição de membros do Seu Povo, que cada um adquire pela graça batismal, que somos chamados a ser Apóstolos no nosso tempo, mesmo reconhecendo os nossos pecados, para os quais Deus usa de misericórdia e perdão.
A pertença a um povo, a um grupo, a uma religião, identifica-nos com os valores vividos e carateriza-nos num modo de ser e de estar.
Ser membro do Povo da Aliança, como nos diz a primeira leitura, é identificarem-se com aqueles que guardam a Aliança e são protegidos do Deus verdadeiro que lhes dá a graça de serem “um Reino de Sacerdotes e uma Nação santa”.
“Vós sereis o meu Povo e Eu serei o vosso Deus”, é nesta Aliança que encontramos a fidelidade de Deus à Sua Palavra, pois “Deus não se esquece do Seu Povo” e também o compromisso que cada um dos membros do Povo escolhido deverá viver, na relação com o Deus verdadeiro.
Na segunda leitura, São Paulo, recorda-nos que esta pertença ao Povo de Deus, nem sempre foi vivida de uma forma plena e total, por isso, encontramos na atitude misericordiosa de Deus, o sinal do Seus amor para connosco. “Quando éramos pecadores é que Cristo morreu para nos salvar”, assim é evidente que não fomos abandonados nos nossos erros e nos nossos pecados, mas por iniciativa de Deus, Ele veio ao nosso encontro e no nosso encalço para nos resgatar do pecado e da morte e nos dar a Vida em Plenitude.
É esta reconciliação alcançada e Jesus Cristo, que nos leva a reconhecer que estamos em dívida de gratidão, por isso glorificamos a Deus, através do Seu filho, para retribuirmos os gestos de Amor recebidos da Sua infinita Bondade.
No Evangelho, São Mateus coloca diante de nós, no início do texto, o modo como Jesus olha para as multidões: “encheu-se de compaixão, porque andavam fatigadas e abatidas, como ovelhas sem Pastor.”
Assim Jesus ao ver a realidade que tem diante de Si, faz um pedido aos seus discípulos: “pedi ao Senhor da Seara que mande trabalhadores para a Sua Seara”, porque a Seara é grande e os trabalhadores são poucos.
Hoje a realidade que a Igreja vive tem algumas semelhanças, a messe é grande e os trabalhadores são poucos, para o modo como nos habituámos a viver em Igreja nos séculos anteriores, por isso perguntamo-nos: Estamos a fazer o que Jesus pediu? – Rezar, pedir ao Senhor da Seara? Ou para manter o que sempre foi, pedimos aos poucos trabalhadores da messe que trabalhem até à exaustão, porque tem de ser…
Jesus no evangelho deixa-nos o exemplo, continua a chamar para enviar, por isso só havendo quem aceite o chamamento pode ser enviado; quando não há resposta ao chamamento, então quem poderá ser enviado?
Os doze Apóstolos, chamados pelo seu nome, são enviados em missão: “Pelo caminho, proclamai que está perto o reino dos Céus, curai, ressuscitai, sarai e afastai o mal”.
A missão dos enviados, continua hoje, por isso encontramos na graça batismal o fundamento para que todos se sintam chamados a pertencer à Igreja, como discípulos de Cristo e enviados para testemunhar Aquele em quem acreditamos.
É nas graças recebidas do Amor gratuito de Deus que somos lembrados da grandeza e gratuidade da nossa missão: “Recebestes de graça, dai de graça”!

 

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