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Terra farta

Mostrar o que de melhor se produz nas freguesias do concelho da Guarda é o grande objectivo da Feira Farta, um evento promovido pela Câmara Municipal da Guarda, que continua a arrastar multidões.

No último fim-de-semana, quem passou pelas imediações do Mercado Municipal deu conta da abundância e variedade de produtos destas terras que muitos consideram inóspitas e abandonadas.
Pelos vistos ainda há quem acredite no futuro da agricultura tradicional e não queira desistir das suas raízes. Cada um dos mais de 400 produtores presentes quis evidenciar não só os seus produtos mas também representar a freguesia. Uma verdadeira montra de qualidade e variedade. Pelo recinto da Feira também passou um pouco da cultura popular do concelho, bem espelhada nos grupos que foram desfilando, ao longo dos dois dias do evento. Para dar mais projecção à iniciativa, o palco principal foi preenchido com concertos que arrastaram grande número de espectadores.
Depois de várias edições da Feira Farta, em que o figurino praticamente se repete, a aposta parece mais do que ganha. Com mais ou menos produtores e produtos, com este ou aquele grupo de entretenimento, as pessoas já se habituaram a ver a Guarda como uma terra em que abunda a fartura e o bem receber. Esta boa onda tem de ser aproveitada para engrandecer a Feira Farta de maneira a que se torne sustentável, sem a necessidade de subsidiodependência.
A autarquia deu o primeiro passo para cativar produtores, comerciantes, associações e outras entidades. A participação na Feira Farta tem de se tornar uma necessidade apetecível para quem quer vender o que produz. Esta pode não ser a medida mais popular mas será, cada vez mais, a melhor forma de garantir o futuro de um evento que se apresenta como a grande montra dos produtos do concelho da Guarda.

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