De 1 de Setembro a 4 de Outubro, somos convidados a viver mais uma edição do ‘Tempo da Criação’ que, em 2023, tem como tema ‘Que a Justiça e a Paz Fluam’.
A iniciativa centra-se em temas que marcaram diversos momentos ecológicos e ecuménicos na JMJ de Lisboa. O encontro foi antecedido pelo IV Congresso Internacional sobre o Cuidado da Criação, com o tema ‘O compromisso dos jovens com a ecologia integral. Estilos de vida para uma nova humanidade’, do qual resultou um “manifesto dos jovens participantes”, que foi entregue ao Papa Francisco.
“Pedimos que os grandes desafios que ameaçam a vida e os lares de milhões de pessoas sejam, sem mais demoras, seriamente resolvidos, por exemplo: Imploramos-vos que baixem as armas e acabem com todas as guerras, e que abordem as consequências previsíveis da perturbadora subida do nível do mar”, refere o manifesto.
Adianta também que “São necessários mecanismos eficazes e vinculativos para cuidar da biodiversidade, com a participação das comunidades locais. A boa gestão dos resíduos e a eliminação progressiva dos combustíveis fósseis e dos produtos químicos perigosos também têm de ser prioridades em todo o lado”.
Sobre este assunto, o Conselho das Conferências Episcopais da Europa e a Conferência das Igrejas Europeias alertam para as “vítimas de diversas formas de injustiça ambiental”, e convidam os cristãos a celebrar ‘o tempo da criação’.
“Cada vez que vemos com tristeza pessoas com sede ou lutando contra a seca, rezamos: ‘Deixe fluir a justiça e a paz’. Sempre que assistimos à destruição desumana da guerra, como na Ucrânia, na Somália, no Iémen, na Eritreia, em Mianmar, e em muitos outros lugares do mundo, onde as necessidades essenciais são prejudicadas ou onde a água é utilizada como arma contra civis inocentes, repetimos as mesmas palavras”, lê-se na declaração conjunta.
Não nos podemos esquecer que “a oportunidade de criar um modo de vida mais justo e sustentável para toda a humanidade depende do nosso compromisso de proteger a nossa Casa Comum, mudando o nosso estilo de vida, favorecendo a temperança e a sobriedade na utilização de recursos que são um dom de Deus para nós”.