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Silêncio de Deus

A Diocese da Guarda viveu um dia marcante, no último Domingo, 30 de Junho, com a ordenação presbiteral do jovem Tiago Fonseca. A Sé da Guarda transbordou de alegria numa celebração que juntou grande número de pessoas oriundas, principalmente, dos lugares que, de alguma maneira, se cruzam com a vida no novo sacerdote. Natural da Covilhã e a desempenhar funções pastorais na zona de Seia/Gouveia, o Tiago Fonseca sentiu de perto o carinho e o apoio das gentes destes lugares. 

Na homília ouviu do Bispo da Diocese apelos à oração e à fraternidade sacerdotal, como pronúncios de um futuro não só de trabalho, mas também de colaboração, partilha e dedicação aos irmãos e à comunidade.

“Tens pela frente, ao assumir hoje o Ministério Sacerdotal, importantes desafios, como é, no nosso caso, a necessidade de fazer funcionar a reorganização pastoral da Diocese, que não basta estar decretada, mas que é preciso cumprir. Está em causa levar a prática sinodal a todas as instâncias da acção pastoral e seus agentes”, lembrou D. Manuel Felício. E acrescentou: “Não te escondo o excesso de trabalho que, na generalidade, os nossos padres estão a sentir. Pedimos-te por isso que venhas animado pelo desejo de trabalhar para que cresça a cooperação entre nós sacerdotes e de todos nós com os diáconos e os outros ministérios e serviços laicais”.

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Olhando para o futuro próximo, a realidade da Igreja da Guarda aponta para uma acentuada diminuição do número de sacerdotes. Há muito que esta tendência tem vindo a aumentar e a levantar questões pertinentes na forma como se deve fazer o acompanhamento das comunidades.

“Se Deus nos tem oferecido menos sacerdotes, nos últimos tempos, Ele lá sabe bem porquê”, disse D. Manuel Felício e, muitas vezes, só com os olhos de ver não nos é possível alcançar este desígnío. 

Sobre este tema, são sugestivas as palavras do novo padre ao Jornal A GUARDA quando referiu que “este ritmo acelerado em que hoje a sociedade se habituou a viver, deixa facilmente de lado a dimensão da fé que acaba por ficar esquecida”. De facto, estes tempos de frenesim constante em que vivemos, não se compadecem com o silêncio onde Deus continua a chamar. 

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