Estamos em plena Semana Santa, a viver o Tríduo Pascal da Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus.
Para os cristãos esta é a Festa de todas as Festas com olhar na Vigília Pascal da Ressureição em que se faz a bênção do fogo e preparação do círio.
“Nesta noite santíssima, em que nosso Senhor Jesus Cristo passou da morte à vida, a Igreja convida os seus filhos, dispersos pelo mundo, a reunirem-se em vigília e oração” é referido no início da celebração. Este momento é o culminar de dias intensos que a tradição da Igreja vive de uma forma única e sentida.
Para trás ficam momentos e costumes que vão passando de geração em geração. Ao longo da Quaresma ainda são muitos os lugares em que a tradição dos Martírios e da Encomendação das Almas marca o ritmo dos dias. A Via Sacra, que recorda o caminho de Jesus para o Calvário, continua a trair grande número de povo.
As procissões dos Passos e do Enterro do Senhor revestem-se sempre de uma mística inexplicável mesmo para os menos crentes.
À Fé do povo juntam-se agora novos valores que municípios e outras entidades tentam aproveitar para atrair turistas. Cada um à sua maneira procura encontrar formas de promover tradições, cultura, gastronomia e o território. E há tanto para mostrar e viver em cada lugar, mesmo nos povoados mais pequeninos e esquecidos.
Os folares tradicionais, o pão do forno comunitário, o borrego e o cabrito das pastagens verdejantes, podem ser motivo para voltar aos lugares de origem onde os sabores e os cheiros têm uma mística muito própria.
Este é o tempo do ressurgimento e do despertar da natureza. Este é o tempo das tradições e costumes. Este é o tempo da Ressurreição a que o povo continua a chamar de Festa das Flores.