Guarda recebeu Fórum do Conselho Empresarial das Beiras e Serra da Estrela
Os empresários que na sexta-feira, dia 14 de Novembro, participaram no I Fórum Empresarial Beiras e Serra da Estrela – A afirmação de uma região, realizado no Teatro Municipal da Guarda, por iniciativa do Conselho Empresarial das Beiras e Serra da Estrela (CEBSE) exigem do Governo a extinção das portagens nas auto-estradas A23 e A25 e regimes fiscais mais favoráveis.
“Apoiar e acarinhar as empresas existentes, equiparando-as no tratamento dado às empresas estrangeiras, criando novas e melhores condições para a sua manutenção e desenvolvimento, através de regimes fiscais mais favoráveis, melhores condições de instalação, diminuição de cargas burocráticas de licenciamentos e fomento das interacções empresariais dentro da região” e “criar novas e melhores condições para que esta região possa funcionar em rede, em especial melhorando as condições de mobilidade intra-regional nos seus principais eixos como a ligação Guarda-Covilhã-Fundão, reabrindo a ligação ferroviária e pugnando pela extinção das portagens da A23 e A25, bem como promovendo melhores condições de travessia transversal da Serra da Estrela”, são duas das conclusões que saíram dos trabalhos que contaram com a participação de algumas centenas de participantes. Os empresários também apontam a necessidade de promover a regeneração urbana como condição para a revitalização do comércio e fixação de pessoas, melhorar a produtividade dos produtos do lado do valor e desenvolver estratégias, acções para dinamizar um melhor aproveitamento dos recursos endógenos, promovendo-os em novos mercados, em especial aqueles que têm a ver com o turismo, agricultura, floresta e toda a fileira agro-alimentar, nomeadamente a criação de infra-estruturas comuns para comercialização de produtos agrícolas. Foi ainda defendida a criação de uma nova imagem e marca da região que permita o reforço das suas condições de atractividade, interna e externa, tanto para a fixação de pessoas como de empresas, a par do desenvolvimento de iniciativas que reforcem a auto-estima dos empresários e da população em geral e promover a captação de capital e de novos investimentos empresariais que ofereçam condições de sustentabilidade.
Na sessão de abertura dos trabalhos, o presidente do CEBSE, Rogério Hilário, exigiu o fim das portagens nas duas auto-estradas da região, por considerar que são um constrangimento à fixação de novos investimentos. “É necessário, de uma vez por todas, exigir o fim das portagens nas auto-estradas A23 e A25”, afirmou o responsável, apontando que as portagens representam “custos de contexto” para as empresas e são “um dos constrangimentos mais importantes” para a fixação de novos empresários.
O presidente da Câmara Municipal da Guarda, Álvaro Amaro, também defendeu no seu discurso que haja “discriminação fiscal” para com as regiões do Interior, saudando o facto de o Orçamento do Estado para 2015 contemplar a diminuição fiscal da taxa do IRC. “Só há mais competitividade, mais crescimento, mais riqueza, mais emprego, com empresas no território”, disse o autarca, referindo que as políticas públicas dos últimos anos foram injustas para o Interior e os resultados finais “ditam um fosso maior entre o chamado Litoral e o Interior”. Álvaro Amaro alertou ainda que o próximo quadro de fundos comunitários poderá ser “a última oportunidade” para o desenvolvimento dos territórios mais desfavorecidos, daí que seja necessário “agarrá-la”.
Já a Subsecretária de Estado Adjunta do Vice-Primeiro Ministro, Vânia Silva, referiu que o novo quadro comunitário “é decisivo para Portugal e pode, de facto, ser o último”, defendendo, por isso, que “deve ser bem aproveitado”.