Guarda – Plataforma Logística
A Câmara da Guarda aprovou na última reunião do Executivo Municipal, realizada na segunda-feira, dia 10 de Novembro, o Projecto de Regulamento de Funcionamento do Parque de Estacionamento de Veículos Pesados da Plataforma Logística de Iniciativa Empresarial (PLIE) que se encontra em discussão pública durante 30 dias e que vai ser levado à próxima reunião da Assembleia Municipal.
O vice-presidente da autarquia, Carlos Monteiro, que presidiu à reunião camarária, disse no final dos trabalhos aos jornalistas que o projecto do Parque TIR, que vai ter 137 lugares de estacionamento (95 lugares para veículos pesados, 15 para veículos pesados de transporte de frio e 27 lugares destinados a veículos ligeiros de apoio aos motoristas de veículos pesados), ficará concluído “o mais tardar, no final de Janeiro”, após o que entrará em vigor o Regulamento que também proibirá o estacionamento de veículos pesados fora daquele recinto. Naquele espaço, com segurança e vigilância, os motoristas vão ter sala de estar e apoio para poderem fazer a sua alimentação e a sua higiene.
O autarca lembrou que a Câmara, ao avançar com o projecto, teve a preocupação de retirar os camiões do centro da cidade e de criar condições para que os empresários possam aparcar os seus veículos em condições e com segurança. “Foi uma das promessas que nós já tínhamos feito anteriormente, consideramos que a mesma é essencial para a promoção daquilo que é o trazer mais empresários para a Guarda e uniformizar e criar uma estratégia de gestão do estacionamento na cidade da Guarda”, justificou. “O Parque TIR da PLIE vem dar resposta a esta necessidade”, garantiu.
O vereador do PS, José Igreja, referiu que a oposição votou a favor porque concorda com a existência do Regulamento. “Como base, achamos bem que quanto menos camiões TIR estiverem estacionados na cidade melhor para o trânsito e melhor para a estratégia urbana. Como princípio queremos que é um princípio interessante e aceite por nós”, referiu. No entanto, o vereador Joaquim Carreira lamentou que o Parque TIR da PLIE apenas contemple um edifício de apoio, pois quando o assunto foi colocado pela primeira vez defendeu a necessidade de ser criado um espaço com sala de conferências e de apoio aos investidores que estão a iniciar os seus trabalhos. “Só tenho a lamentar que um investimento superior a 100 mil euros não tenha esse equipamento, porque não chegava a representar 20% de acréscimo no investimento”, disse.
Na resposta, o vice-presidente da Câmara disse compreender a preocupação de Joaquim Carreira, mas referiu que o projecto desenvolvido “teve em mente as necessidades essenciais deste sector e dos motoristas que estão ligados a este sector de actividade”. E acrescentou: “É evidente que nós poderemos fazer muito mais, e vamos fazer mais ainda, o que acontece é que nós estamos a um ano do exercício de funções neste executivo e deitámos mão a um conjunto de candidaturas que poderiam ser aprovadas em overbooking cuja urgência era bastante relevante e, por isso, nós desenvolvemos este projecto tendo em conta as necessidades específicas deste sector de actividade e demos resposta a essas necessidades essenciais e elementares”.