Papa quis chamar a atenção para os chamados países da “periferia”
A viagem que o Papa fez à Albânia, no último domingo, 21 de Setembro, quis ser também um sinal para a Europa, no sentido das nações mais poderosas olharem mais atentamente para os chamados países da “periferia”. De acordo com a sala de imprensa da Santa Sé, o Papa Francisco manifestou essa esperança na conversa que teve com os jornalistas durante a viagem de avião entre Tirana e Roma, de regresso ao Vaticano.
Uma das questões levantadas durante esse diálogo foi sobre o significado da escolha da Albânia como primeiro país a visitar na Europa: se o Papa argentino pretendeu com esta iniciativa também enviar alguma mensagem aos “mais poderosos” do Velho Continente.
Admitiu que a esse nível, a sua viagem quis também ser “uma mensagem, um sinal”.
O Papa Francisco disse ainda que antes de seguir para a Albânia, “estudou durante dois meses o período mais difícil daquele país, para o compreender”.
“Durante o regime comunista, o nível de crueldade foi terrível e quando vemos as imagens daqueles que foram mortos, não só católicos mas ortodoxos e muçulmanos… isto aconteceu porque eles afirmaram a sua fé. Cada uma das três comunidades deu testemunho de Deus e agora dá testemunho da sua fraternidade”, sublinhou.
No entender do Papa, a cooperação étnica e religiosa que reina actualmente naquela nação dos Balcãs deve servir de exemplo para o mundo.
Depois da deslocação à Albânia, o Papa argentino visita o Parlamento Europeu em Estrasburgo, no leste da França, a 25 de Novembro.
Francisco admitiu ainda a possibilidade nesse mesmo mês de seguir viagem para a Turquia, dia 28, a fim de celebrar no dia 30 “a festa de Santo André” com o patriarca ecuménico da Igreja Ortodoxa, Bartolomeu I.