D. Manuel Felício presidiu à celebração da Missa
“Celebramos a Solenidade da Dedicação da nossa Catedral e com ela queremos marcar o ritmo da vida desta Diocese da Guarda”, disse o Bispo da Guarda, na homilia da Missa, do último Domingo, 22 de Outubro, Solenidade da Dedicação da Catedral da Guarda e Dia Mundial das Missões.
D. Manuel Felício referiu que “os cinco séculos de história que esta catedral transporta consigo lembram-nos os mais de mil anos vividos pela Diocese da Guarda, com suas comunidades paroquiais e outras instituições”. Lembrou a carta pastoral que introduz o programa deste ano 2023-24, e deixou o convite a toda a Diocese, “para a caminhada conjunta rumo à meta de virmos a ser uma Igreja sinodal”.
“Hoje queremos pedir ao Senhor uma bênção especial para todas as nossas iniciativas e trabalhos deste ano 2023-24 sabendo nós que o importante é acertar bem o passo com a Pessoa de Jesus para podermos servir o melhor possível o mundo que Ele nos manda evangelizar”, adiantou.
D. Manuel Felício fez também alusão à data em que foi ordenado sacerdote (21 de Outubro de 1973) e também ao aniversário da publicação da nomeação episcopal (21 de Outubro de 2002)
“Fui nomeado Bispo titular de Aqua Flavia (Chaves) e Auxiliar do Patriarcado de Lisboa, fez ontem 21 anos. Menos de três anos depois, estava na Guarda como Bispo coadjutor do Sr. D. António dos Santos”, recordou. Agradeceu “ao Senhor este duplo voto de confiança” e reconheceu “o bem que Ele realizou na Igreja e na sociedade através deste duplo voto de confiança”, assim como “as muitas limitações e sobretudo as faltas mais graves que terão certamente impedido a manifestação, em maior abundância, da sua bondade e da sua misericórdia”.
D. Manuel Felício lembrou os quase 19 anos em que está “mandatado para exercer o ministério episcopal na Diocese da Guarda”. Explicou que a primeira preocupação que teve “foi conhecer os sacerdotes” a que se seguiu “o trabalho das visitas pastorais, inspirado no modelo que nos deixou o Venerável Servo de Deus, Sr. D. João de Oliveira Matos”. Durante seis anos percorreu a Diocese “visitando cada uma das paróquias, com suas povoações anexas e diferentes lugares de culto”.
Em 2013, anunciou a realização de uma assembleia diocesana de representantes, que foi preparada durante 3 anos, “começando a sua preparação em 2014 para terminar em 2017”. Em 2017, teve lugar a Assembleia Diocesana de representantes, em três sessões, a que se seguiu a publicação da carta pastoral denominada “Guiados pelo Espírito. Igreja em renovação”.
Da nomeação de uma comissão encarregada de pensar e promover a reorganização pastoral da Diocese, saíram orientações concretas, no texto “Proposta para uma reorganização da Diocese da Guarda”. Em cumprimento destas orientações, D. Manuel Felício publicou, no ano de 2020, dois decretos – um sobre os arciprestados e outro sobre os serviços diocesanos.
De forma resumida, o Bispo da Guarda presentou o percurso do caminho sinodal feito na Diocese, desde o ano de 2014. “Não convocámos um Sínodo Diocesano, como prevê o Direito Canónico, segundo o espírito do vaticano II, com suas constituições votadas e aprovadas, mas permito-me agora fazer votos para que esta experiência sinodal que tentámos viver, apesar das suas muitas limitações, possa constituir o ensaio a partir do qual, em futuro próximo, a Igreja Particular da Diocese da Guarda venha a convocar e realizar o seu Sínodo Diocesano, à semelhança do que já fizeram outras dioceses, segundo as orientações do Direito e no espírito do Vaticano II”, explicou.
A Missa da Solenidade da Dedicação da Catedral contou com a participação dos Bispos de Aveiro, D. António Moiteiro, e de Viseu, D. António Luciano, vários sacerdotes e diáconos e grande número de fiéis.