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Ofertório do primeiro domingo de Maio é para o órgão da Sé

Diocese da Guarda

Os ofertórios das Missas, do primeiro Domingo de Maio, dia 7, em todas as paróquias da Diocese da Guarda, revertem a favor da construção do novo Órgão da Sé que já está em execução.
“Como já foi dado a conhecer, estamos a trabalhar para que a nossa Sé tenha, de novo, o seu órgão de tubos, como já o teve a funcionar até à Revolução Francesa” escreve o Bispo da Guarda em carta enviada a todos os padres da diocese. D. Manuel Felício pede que se faça esforço para que o financiamento do Órgão da Sé, pedindo que “os ofertórios do primeiro domingo de Maio, dia 7, revertam para esta finalidade”.
Com esta iniciativa, o Bispo da Guarda diz que é dada “a todo o Povo de Deus a oportunidade de participar neste projecto, que esperamos venha devolver à nossa Sé o seu órgão, do qual está privada há, pelo menos, dois séculos”. D. Manuel Felício dá conta de que “é a única Sé, entre todas as do nosso País, que não dispõe de um órgão assim”.
O novo órgão da Sé da Guarda está a ser construído pela Organaria Fréderic Desmottes e terá 41 registos (sonoridades), distribuídos em três teclados manuais e pedaleira, num total de 2730 tubos. O instrumento terá cerca de 8 metros de altura por quase 5 metros de largura, um peso de cerca de 6 toneladas.
A caixa que vai albergar o órgão terá uma clara inspiração barroca e integrará alguns elementos decorativos do anterior órgão setecentista. O órgão de tubos ficará instalado sobre a porta principal da Catedral, numa plataforma de suporte.
A construção do órgão da sé representa um avultado investimento, na ordem dos 800 mil euros. Apesar de já contar com financiamento aprovado pela União Europeia, são ainda necessários cerca de 300 mil euros para a sua construção e instalação.
Recorde-se que a iniciativa de construir o grande órgão barroco da Sé da Guarda é obra do bispo D. Bernardo de melo Osório, sabendo-se da sua existência num documento de 1748.
O órgão foi vandalizado no decurso da terceira invasão francesa, em 1812, com o uso dos tubos para o fabrico das balas para mosquetes, uma vez que continham uma percentagem de chumbo. Assim permaneceu até ser retirado por ocasião da restauração da Sé, no início do século XX.

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