Para viver o Outubro Missionário/2015
Na sua mensagem para o 89º dia mundial das missões, que se vai celebrar a 18 do mês de Outubro próximo, o Papa Francisco começa por nos lembrar que a dimensão missionaria pertence à própria natureza da Igreja e mais adiante acrescenta: “Quem segue a Cristo não pode deixar de se tornar missionário”.
Sim, de facto, ser missionário faz parte do estatuto de ser cristão, isto é, discípulo de Cristo e por ele enviado do centro para as periferias para aí testemunhar e anunciar a boa notícia do Evangelho. Este ano, em que celebramos 50 anos passados sobre a aprovação do decreto conciliar sobre a actividade missionária da Igreja, o “Ad Gentes”, e 5 anos desde que a Conferência Episcopal Portuguesa aprovou uma carta pastoral sobre a responsabilidade missionária de todas e cada uma das nossas comunidades cristãs, com o título “Como eu fiz fazei vós também”, desejamos viver este Outubro missionário e o próximo dia mundial das missões centrados nesta nossa responsabilidade missionária, que é transversal a todos os cristãos e comunidades cristãs.
As últimas jornadas missionárias nacionais realizadas em Fátima apontaram-nos o caminho da criação de centros missionários diocesanos, para o exercício desta responsabilidade, os quais, por sua vez, se hão-de preocupar com a criação de núcleos missionários em cada paróquia ou outras comunidades de Fé. E nas suas conclusões as mesmas jornadas insistem na necessidade de que as dioceses entrem em dinamismo de partilha de pessoas e bens para dar cumprimento à sua responsabilidade missionária.
Desejo lembrar que a nossa diocese da Guarda, através da Liga dos Servos de Jesus, está presente em Angola, na Diocese de Sumbe, com um Centro Missionário, a Missão “D. João de Oliveira Matos”.
Queremos, nesta hora, também dirigir uma prece especial ao Senhor, ao longo de todo este Outubro Missionário, para que nos ajude a discernir os melhores caminhos para fazer deste Centro Missionário um instrumento de partilha de pessoas e bens com o mundo da missão “ad gentes” que, de facto, é o espaço onde se encontra a missão “D. João de Oliveira Matos”, na Angola profunda, longe de tudo e de todos, mas próxima daqueles que mais precisam.
Desejo ardentemente que esta seja uma das formas de nós, Diocese da Guarda, respondermos ao apelo de saída para as periferias que o Papa Francisco insistentemente nos faz.
Guarda, 22 de Setembro de 2015
+Manuel R. Felício, Bispo da Guarda