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Maio, Mês de Maria

Estamos no mês de maio, que nos recorda, de formas variadas a especial relação que temos com a Santíssima Virgem Maria, Mãe de Jesus e nossa Mãe.

Assim, é a celebração do terço, mas também a memória das Aparições, em Fátima, aos três pastorinhos, com mensagem de renovação e esperança dirigida a todo o mundo. É igualmente o Dia da Mãe, porque nela todas as mães encontram o seu modelo por excelência.
Este mês convida-nos a aprender com Maria Santíssima as grandes lições do Evangelho, que ela trazia sempre em seu coração, meditando-o no silêncio da vida diária
Lembramos três passagens bíblicas que nos podem conduzir ao segredo da vida de Maria, na sua relação com Jesus.
A primeira é a das Bodas de Caná, que a apresenta como intercessora. Quando percebeu que estava a faltar vinho, confia discretamente ao Filho a sua preocupação e consegue, quase sem pedir, apenas sugerindo, o milagre da transformação da água em vinho.
Outra passagem é a da Anunciação. O anjo vai encontrá-la em sua casa e diz-lhe que Deus a tinha escolhido para Mãe do Emanuel, o Salvador. Fica perturbada com esta mensagem celeste, porque, na sua humildade, nunca poderia ter pensado em ser a escolhida do Altíssimo. Acolhe a palavra do Anjo, silenciosamente e nem sequer diz ao noivo, José, o que nela se realizava. Deus tem o direito de escolher e por isso ela diz apenas o seu generoso “sim”, que a tornou Mãe de Deus.
A terceira passagem do Evangelho mostra a sua corajosa atitude diante do sofrimento. Ao apresentar Jesus no templo, fica surpreendida com a assustadora profecia do velho Simeão: “Uma espada de dor transpassará a tua alma”. E a profecia cumpriu-se, pois, pouco mais tarde, teve de fugir para o Egito com o esposo, para que a crueldade de Herodes não atingisse o Menino Jesus. Aos doze anos, este mesmo Jesus fica em Jerusalém e, ao reencontrá-Lo, após três dias de procura, queixa-se amorosamente: “Por que fizeste isto? Eu e teu pai te procurávamos, aflitos”. E junto à Cruz, de pé, ali no Calvário, sofre e associa-se ao sacrifício do Redentor. É a mulher forte, a mãe corajosa e firme, a quem a dor não faz desanimar. É a Senhora das Dores.
Maio, mês dedicado a Nossa Senhora, pela piedade cristã, é um convite para voltarmos nosso olhar a esta Mãe querida para pedir-lhe que abra as mãos maternas em bênção de carinho sobre nossos passos nesta difícil escalada rumo à Jerusalém celeste.
Maria oferece-se para nos levar, pela mão ao encontro de Jesus. Rezemos para que as várias celebrações da Confirmação marcadas para as próximas semanas possam ser momentos de verdadeiro encontro dos nossos jovens com Cristo. Isto também quando preparamos a Jornada Mundial da Juventude.
2 de maio de 2023
+Manuel da Rocha Felício, Bispo da Guarda

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