Diocese da Guarda | Outeiro de São Miguel
Assinalar o “jubileu centenário” da criação da Liga dos Servos de Jesus por D. João de Oliveira Matos, antigo bispo auxiliar da Guarda, foi o desafio deixado por D. Manuel Felício, na homilia da Missa da Festa Anual da instituição, que decorreu no dia 27 de Agosto, na capela do Outeiro de São Miguel. O bispo da Guarda lembrou o “compromisso com a preparação do centenário da Liga dos Servos de Jesus”, esperando que “até ao final deste ano de 2022, o Conselho coordenador da Liga dos Servos de Jesus, faça uma proposta da comissão promotora do Jubileu Centenário, a celebrar em 2024, para que o Bispo Diocesano a aprove e depois seja devidamente publicada”. A proposta desta comissão deve acontecer “depois de consulta feita a todas as casas das comunidades internas e aos servos externos”.
A Festa Anual da Liga dos Servos de Jesus decorreu a 26 e 27 de Agosto, no Outeiro de São Miguel, na Guarda. O programa integrou um encontro de reflexão para servos externos e Amigos das Liga, bem como uma vigília de Adoração ao Santíssimo Sacramento.
A Missa da Festa Anual, no dia 27 de Agosto, foi presidida pelo Bispo da Guarda, D. Manuel Felício, tendo também concelebrado o Bispo de Aveiro, D. António Moiteiro, o bispo emérito de Campanha (Brasil), D. Diamantino Prata de Carvalho e uma dezena de sacerdotes da diocese da Guarda.
“Celebramos a festa da Liga dos Servos de Jesus, desta vez, já mais libertos dos condicionamentos da pandemia do que aconteceu nos últimos dois anos e quando nos aproximamos da celebração do centenário, em 2024”, referiu o Bispo da Guarda.
Recordou o Evangelho do dia dizendo que “convida cada um de nós a fazer um sério exame de consciência sobre a forma como está a identificar bem os seus talentos pessoais e a colocá-los ao serviço do bem comum e, no nosso caso, ao serviço do carisma da Liga dos Servos de Jesus – procurar que Ele (Jesus) reine, na vida pessoal, familiar, profissional, na vida da nossa sociedade e na vida do mundo”. E acrescentou: “Interroga-nos também sobre as formas como a Liga dos Servos de Jesus está a usar os seus talentos, as suas potencialidades, para viver o carisma de forma aplicada aos tempos de hoje”.
D. Manuel Felício deu conta de que “quando olhamos para a nossa vida pessoal e para a das instituições, neste caso, da Liga dos Servos de Jesus e seus serviços organizados, a tentação é fixarmo-nos sobretudo muito nas fragilidades e insuficiências”, lembrando, no entanto que “para além dessas fragilidades, e insuficiências, e acima de tudo, está o próprio Deus que continua a confiar em nós e a lembrar-nos a missão de evangelizar e anunciar o Reino de Deus”.
Destacou a criação do Centro de Espiritualidade D. João de Oliveira Matos, sediado no Outeiro de São Miguel, um lugar “especialmente simbólico para a Liga dos Servos de Jesus e para a Diocese da Guarda”. D. Manuel Felício disse que a criação deste Centro de Espiritualidade, que tem como Director o padre Manuel Igreja, “é também passo importante que quisemos dar no itinerário que nos coloca a caminho da celebração do Centenário da Liga dos Servos de Jesus.
Na homília, D. Manuel Felício lembrou também que “continua em agenda o nosso empenho para fazer avançar o processo de Beatificação/Canonização do Servo de Deus Fundador da Liga dos Servos de Jesus, Sr. D. João”. E explicou: “O carisma que ele nos legou é mais do que actual; é um bem para toda a Igreja e em particular para a Diocese da Guarda; e nós precisamos de o viver de forma bem adaptada às atuais circunstâncias da vida da Igreja e da própria sociedade civil”.