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Documento preparatório para assembleia de bispos em 2015 apresenta 46 perguntas

Sínodo 2015

O Vaticano apresentou esta terça-feira, 9 de Dezembro, o documento preparatório para o Sínodo 2015, no qual se apresentam 46 perguntas sobre temas como a pastoral dos divorciados ou acolhimento dos homossexuais, para além das propostas sobre o “Evangelho da Família”.
“A pastoral sacramental em relação aos divorciados recasados precisa de um novo aprofundamento”, assinala o texto, que acrescenta as questões e algumas reflexões ao relatório final da assembleia geral extraordinária do Sínodo que decorreu em Outubro deste ano.
O documento pede sugestões para “precaver formas de impedimentos indevidos ou desnecessários”, no caso destas pessoas, que estão actualmente afastadas do acesso à Comunhão.
“Como tornar mais acessíveis e ágeis, de preferência gratuitos, os procedimentos para o reconhecimento dos casos de nulidade?”, é outra das perguntas.
O texto foi enviado às Conferências Episcopais, aos responsáveis dos Institutos Religiosos e aos organismos da Cúria Romana, para recolha de contributos.
“O cuidado pastoral das pessoas com tendência homossexual coloca hoje novos desafios, devido também à maneira como são socialmente propostos os seus direitos”, pode ler-se, na versão original, em italiano, divulgada pela sala de imprensa da Santa Sé, no qual se fala na necessidade de uma pastoral com a “arte do acompanhamento”.
Os ‘lineamenta’ apelam ainda a um compromisso mais efectivo na “transmissão da vida” e para enfrentar o “desafio da quebra da natalidade”.
Os vários organismos que recebem o documento são chamados a envolver, na sua discussão, as comunidades católicas e “instituições académicas, organizações, movimentos laicais e outras instâncias eclesiais”, a fim de “promover uma ampla consulta sobre a família segundo a orientação e o espírito do processo sinodal”.
As perguntas abordam as questões ligadas às uniões de facto e casamentos civis, alertando também para a “difusão do relativismo cultural na sociedade” que leva à “rejeição, por parte de muitos, do modelo de família formado pelo homem e a mulher unidos no vínculo matrimonial e aberto à procriação”.
O documento refere-se à “relevância da vida afectiva”, ao “desejo de família” e à “grandeza e beleza do dom da indissolubilidade” do matrimónio.
O anúncio da mensagem cristã sobre a família implica ainda a luta por “condições para que cada família seja como Deus quer e venha a ser socialmente reconhecida na sua dignidade e missão”.

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