Missa decorreu na Sé da Guarda
O bispo da Guarda celebrou 19 anos de ministério episcopal na diocese, com uma Missa de acção de graças, na Sé, no dia 16 de Janeiro. D. Manuel Felício foi nomeado bispo coadjutor da Guarda pelo Papa João Paulo II, a 21 de Dezembro de 2004, para auxiliar D. António dos Santos. Agora, com 76 anos e ao fim de 50 anos ao serviço da Igreja, D. Manuel Rocha Felício espera ser substituído, depois de ter apresentado a resignação ao Papa Francisco.
No final da Eucaristia, o bispo da Guarda destacou os acontecimentos que marcaram a diocese ao longo de 2023.
Lembrou os trabalhos da primeira sessão da XVI Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos, iniciados a 4 de Outubro, que o Papa Francisco decidiu que terá uma segunda etapa, em 2024. “Em toda a nossa Diocese da Guarda, com o precioso contributo da Comissão Sinodal Diocesana, procurámos promover e alimentar o empenho de todas as comunidades e serviços para, por um lado, estarem atentos ao que de novo fosse surgindo e, por outro, fazerem a sua devida aplicação, incluindo tendo em conta o primeiro esforço já anteriormente feito, que, através de relatório próprio, entrou na preparação deste Sínodo”, destacou.
Neste ponto destacou também a jornada diocesana sobre a espiritualidade, realizada no dia 1 de Dezembro, orientada por Jose San Jose Prisco, um dos peritos que participou na XVI Assembleia do Sínodo dos Bispos.
A Jornada Mundial da Juventude (JMJ) Lisboa 2023 foi outro dos acontecimentos evocados pelo bispo durante a comunicação que fez, no final da Missa. “Rumamos a Lisboa, com um grupo de mais de três centenas para estarmos com o Papa Francisco, de 1 a 6 de agosto. Foram dias de graça que ocuparão sempre lugar à parte na nossa memória e sobretudo nos continuam a motivar para seguir em frente no compromisso com os nossos jovens”, explicou.
D. Manuel da Rocha Felício falou também sobre “o esforço que a Igreja em Portugal fez para identificar erros e abusos praticados no seu seio e procurar as formas mais ajustadas de os erradicar”. Salientou que “tocar em assuntos melindrosos como este dos erros e abusos, dentro de um horizonte temporal que envolveu mais de 70 anos, é sempre doloroso”.
Além destes acontecimentos, o bispo diocesano nomeou ainda outros momentos de cada um dos meses do ano, nomeadamente os passos que se deram no processo de beatificação “do venerável servo de Deus D. João de Oliveira Matos”, em Maio; a celebração do centenário das Irmãs Servas de Nossa Senhora de Fátima, em Outubro; e a abertura, na ExpoEcclesia, da exposição sobre a Liga dos Servos de Jesus e fundador, em Dezembro.
“Fazemos agora votos para que o novo ano nos ajude a aprender e pôr em prática a lição que hoje nos vem do processo da escolha do Rei David. Precisamos de ver as coisas e sobretudo as pessoas na sua interioridade, sem nos deixarmos iludir pelas aparências”, concluiu D. Manuel Felício, perante algumas dezenas de fiéis presentes da celebração.