Homília do IV Domingo da Quaresma
“Com o enfraquecimento das famílias e o empobrecimento da vida das comunidades cristãs, a transmissão da Fé torna-se mais difícil” disse D. Manuel Felício, na homilia da missa do IV Domingo da Quaresma. O Bispo da Guarda sente que esta realidade está bem presente na sociedade actual e considera que, “por isso, o Papa Francisco propõe à oração e à reflexão de toda a Igreja a realidade das famílias que temos para ver como podemos ajudá-las a abrir novos caminhos de vida com qualidade”. E acrescenta: “Este assunto foi tratado num Sínodo extraordinário e vai sê-lo novamente em Outubro próximo, em outro Sínodo, este ordinário”.
D. Manuel Felício está convicto de que o “fortalecimento da vida de Fé das nossas comunidades cristãs é decisivo para que a transmissão da mesma Fé às novas gerações se possa fazer”.
Sobre a realidade concreta da Diocese da Guarda explicou que há empenho “em que a nossa catequese da infância e adolescência possa responder aos novos desafios e a esse assunto dedicámos, nós padres e diáconos, em Janeiro passado, dois dias de reflexão e procura de novos caminhos”. Esta foi a forma encontrada pela Diocese da Guarda para “contribuir para ajudar as nossas famílias e comunidades cristãs no exercício da sua responsabilidade de transmitir a Fé”. “A Fé foi-nos comunicada e hoje continua a sê-lo em contextos humanos e sociais bem determinados, de que fazem parte as famílias e a vida das comunidades cristãs”, explicou D. Manuel Felício.
Na homília, o Bispo da Guarda abordou também o tema da “misericórdia de Deus”, e disse que “o Papa Francisco surpreendeu, quando há dois dias (no dia 13 de Março), ao completarem-se dois anos do seu pontificado, anunciou a proclamação de um ano jubilar sobre a misericórdia”. Explicou que “começa em 8 de Dezembro, data em que se celebram 50 anos passados sobre o encerramento do Vaticano II e prolonga-se até ao fim do ano litúrgico, em 20 de Novembro seguinte”.
“Vamos viver intensamente este ano jubilar, também tendo em conta os continuados apelos do Papa Francisco para sermos uma Igreja em saída, ao encontro das periferias e também qual hospital de campanha que procura atender e curar os feridos da vida” concluiu o Bispo da Guarda.