Mensagem de Páscoa
Este é o anúncio jubiloso que a Igreja faz a si própria e ao mundo, na Festa da Páscoa, que se prolonga na Cinquentena Pascal.
Com este anúncio, partilhamos com o mundo inteiro, particularmente com os mais vulneráveis e os que mais sofrem, a alegria e a força da esperança que vêm de Cristo Vivo.
A surpresa do túmulo vazio deixou as mulheres perturbadas e não convenceu, de imediato, os apóstolos. Mas depois, a partir das aparições, a experiência do Ressuscitado, vivo e comunicador de vida, operou neles uma mudança radical, como em tantos outros discípulos que, até aos dias de hoje, são chama acesa da novidade de Jesus presente na história do mundo.
Com o sepulcro vazio, tudo começou, de novo, na Pessoa de Jesus, mas principalmente naquelas mulheres e nos apóstolos. E mais uma vez as mulheres lá estavam no início da novidade e da vida renovada.
Jesus ressuscitou dos mortos para não mais lá voltar, mas sim para inaugurar um mundo novo, uma sociedade nova já não sujeita à morte e outras limitações que fazem o comum da nossa existência.
E nós hoje temos mandato para antecipar esse mundo novo, sobretudo nas nossas relações, no nosso estilo de vida comunitária e em sociedade.
Diante do Senhor Ressuscitado e Vivo, escutamos o apelo que Ele nos faz para sermos comunidades inclusivas, comunidades que sabem dar lugar a todos, a começar pelos mais frágeis, comunidades de serviços vividos à maneira de Jesus Cristo, que veio para servir e não para ser servido. O caminho sinodal em que estamos envolvidos é para continuar.
E esse apelo é também para crescermos constantemente na compreensão do Mistério de Cristo e do nosso próprio mundo. Daí a importância da formação na vida das comunidades cristãs; e contínua.
Aclamemos, nesta Páscoa, Cristo Vivo e Fonte de vida.
17.4.2022
+Manuel da Rocha Felício, Bispo da Guarda