Bispo analisa dez anos de serviço episcopal na Diocese da Guarda

Tomada de posse como Bispo Coadjutor foi a 16 de Janeiro de 2005

O bispo da Guarda celebrou, no dia 16 de Janeiro, data em que tomou posse como Bispo Coadjutor, dez anos de Ministério Episcopal na diocese. Numa nota publicada na página da Diocese fala de um “dia de acção de graças” e também uma oportunidade de revisão do seu serviço diante dos diocesanos e de projecção do futuro.
“Pela frente está a responsabilidade de nos empenharmos para dar cumprimento ao nosso plano pastoral diocesano feito para quatro anos, devendo terminar com a assembleia de representantes de toda a Diocese, prevista para o ano de 2017”, explica D. Manuel Felício.
Na “revisão diante dos diocesanos” o prelado assinala a importância dos conselhos pastorais arciprestais como instâncias e instrumentos no futuro da diocese.
Em dez anos de ministério episcopal destaca a instituição de diáconos permanentes considerando que é preciso “desenvolver” de forma mais concertada a cooperação com os “sacerdotes mas também com outros serviços pastorais”.
Em Setembro deste ano os bispos portugueses realizam a visita ad limina ao Papa Francisco e para D. Manuel Felício a sua revisão e projecção é “por si mesmo” uma parte do relatório que cada diocese vai apresentar aos diferentes dicastérios/conselho pontifício da Santa Sé.
Na sua análise, D. Manuel Felício refere que 2014 foi marcado pela “preocupação” de encontrar-se com cada um dos párocos e também com os seus colaboradores.
“Sem excluir qualquer outro assunto, procurámos, nestes encontros, avaliar como está a ser feita em nós sacerdotes e nas nossas comunidades a recepção do modelo conciliar da Igreja”, desenvolve o prelado que revela que os encontros foram precedidos pela “recolha de alguns dados” sobre o movimento eclesial e social de cada paróquia e conjunto de paróquias.
Nos encontros a nível de arciprestado, D. Manuel Felício refere que foi apresentado um relatório com “dados relevantes” que indiciam “caminhos pastorais de maior colaboração” entre as paróquias e conjuntos de paróquias, “valorizando sempre e o mais possível a estrutura do arciprestado”.
Em forma de balanço, o bispo da Guarda escreve que 2005 foi tempo para “um primeiro conhecimento da Diocese, dos sacerdotes, movimentos, serviços e obras de apostolado, dos arciprestados e também das paróquias” e que em 2006 deu início às visitas pastorais com a “preocupação de chegar a todos os lugares”.
“No final ficou a sensação de que significativo número de paróquias, devido ao reduzido número dos seus residentes, já não têm possibilidade de sozinhas cumprirem todas as dimensões da missão que é cometida à instituição paróquia enquanto tal”, aponta o Prelado. E acrescenta: “Por isso, indepen­dentemente de reformar o número das paróquias, o mais decisivo parece ser criar a nova mentalidade de que as paróquias têm de se abrir muito mais à cooperação pastoral entre si e que o arciprestado tem de ser cada vez mais a base da acção pastoral comum a todas as suas paróquias e conjuntos de paróquias”.
D. Manuel Felício assinala também a preocupação de “dialogar” com a sociedade civil onde passam as “opções” de cada comunidade e “condicionam a vida das pessoas”.
Sobre o início o seu serviço na Diocese da Guarda, D. Manuel Felício descreve: “Era um dia frio, mas cheio de sol. Saí da Casa Patriarcal de Lisboa, pela manhã e, às 15.00 horas, iniciava-se a celebração de acolhimento e início do Ministério. Essa celebração começou na Igreja da Misericórdia com cortejo para a Sé onde foi celebrada a Eucaristia”.
Na recordação dos primeiros tempos à frente da Diocese da Guarda, D. Manuel Felício escreve: “Os dias que se seguiram continuaram frios, pois parti de casa sempre pela manhã com 6/7 graus negativos e cheguei igualmente com temperaturas muito baixas. Mas o calor do acolhimento que senti, sobretudo nos sacerdotes que ia visitando e também nos fiéis e nas suas comunidades, compensou largamente o frio que as condições atmosféricas impunham”.

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