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Assembleia Plenária da Conferência Episcopal reunida em Fátima

De 25 a 28 de Abril

Termina hoje, 28 de Abril, em Fátima, a 200ª Assembleia Plenária, Conferência Episcopal Portuguesa (CEP). “A protecção de menores e adultos vulneráveis” foi um dos temas em agenda da reunião que teve início na segunda-feira, 25 de Abril.
A Assembleia Plenária também abordou três documentos para aprovação: “Itinerário de iniciação à vida cristã com as famílias, crianças e adolescentes”, “Ministérios laicais numa Igreja ministerial” e alterações sobre a “Instrução sobre o direito de cada pessoa a proteger a própria intimidade”, texto relativo ao Regulamento Geral de Protecção de Dados.
O Sínodo 2021-2023, convocado pelo Papa, e a Jornada Mundial da Juventude Lisboa 2023 foram outros temas em debate.
Na sessão de abertura, o presidente da Conferência Episcopal Portuguesa afirmou que o tema da protecção de menores teria “um lugar de destaque” na assembleia do episcopado, reafirmando o “pedido de perdão” às pessoas que passaram pela “dramática situação do abuso”.
“Às pessoas que passaram pela dramática situação do abuso reafirmamos o nosso pedido de perdão, em nome da Igreja Católica, e o nosso empenho em ajudar a sarar as feridas”, disse D. José Ornelas nas palavras de abertura da 202ª Assembleia Plenária da CEP.
O presidente da assembleia do episcopado agradeceu, em nome da Conferência Episcopal Portuguesa, “a colaboração dedicada e responsável de todas as pessoas que integram as Comissões Diocesanas e sua Coordenação Nacional, assim como o trabalho da Comissão Independente”.
D. José Ornelas lembrou que, entre 2019 e 2020, “todas as dioceses criaram as respectivas Comissões Diocesanas de Protecção de Menores e, em Fevereiro de 2022, foi constituída uma Coordenação Nacional destas mesmas Comissões, para implementar procedimentos, orientações e esclarecimentos que possibilitem um melhor e mais articulado trabalho de todos”.
O presidente da CEP afirmou também que “paralelamente, e por iniciativa da Conferência Episcopal Portuguesa, foi criada uma Comissão Independente para o Estudo de Abusos Sexuais na Igreja Católica Portuguesa, com o objectivo prioritário de realizar um estudo que vise o apuramento histórico desta questão, assim como o de criar uma estrutura de ‘escuta’, a nível nacional”, coordenada Pedro Strecht, que “desenvolve o seu trabalho de forma autónoma”.
No início dos trabalhos, D. José Ornelas também referiu que “os efeitos da guerra, com a escassez de produtos, a subida dos preços e a progressiva tensão política internacional, estão a provocar o agravamento das condições de vida sobretudo das pessoas e famílias que dispõem de menores recursos”.
Recordou que “todos os povos têm direito a lutar pela sua autodeterminação e a ambição cega de um regime não pode coarctar ou beliscar esse direito, muito menos invocando razões históricas ou até religiosas”.
No discurso de abertura da Assembleia Plenária, o presidente da CEP evocou o 48º aniversário do 25 de Abril, lembrando o fim da “submissão e revolta” de países que estavam ligados a Portugal, nessa ocasião.

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