Na estrada com…
A Skoda, marca checa do Grupo VW, aposta forte na melhoria das qualidades desta nova geração do Octavia e tem na versão break uma proposta sólida e com bons argumentos. A carrinha conta com habitáculo amplo e uma bagageira com 610 litros (uma das maiores do segmento), que podem chegar aos 1740 litros com os bancos rebatidos.
Do ponto de vista mecânico, destaque para a utilização da nova plataforma modular MQB que garante ao conjunto maior dinamismo e uma estabilidade de condução superior. Esta plataforma é utilizada em modelos como Audi A3, Seat Leon e VW Golf.
O exterior é marcado por linhas simples, mas com detalhes modernos como os faróis traseiros em LED, conferindo uma imagem sóbria e discreta. Ao nível do habitáculo, a razão predomina sobre a emoção. Os materiais são de boa qualidade, agradáveis ao toque e macios na parte superior do tablier e nos locais onde ocorre maior contacto com as mãos. O rigor de construção evoluiu e a decoração é sóbria, sem excessos, com o ecrã multimédia a cores ao centro do tablier e o computador de bordo a darem um toque de modernidade.
Na versão Greenline, o novo Skoda Octavia está equipado com o já conhecido motor 1.6 TDI, que apresenta algumas novidades como o aumento de potência para 110 cv e a caixa manual de seis velocidades, agora com relações mais longas, o que permite poupar ainda mais no consumo de combustível a velocidades de cruzeiro. O consumo anunciado é de apenas de 3,3 litros aos cem e as emissões de CO2 de 87 g/km de CO2. Para alcançar estes números, o Octavia Greenline recorre, ainda, a pneus de baixa resistência ao rolamento, sistema start&stop, sistema de recuperação de energia através da travagem, recomendação de mudança a engrenar, otimização da aerodinâmica da carroçaria, entre outros.
Ao volante constata-se que estamos na presença de um automóvel com dimensões generosas, mas que apresenta uma dinâmica e estabilidade de muito bom nível. A direção assistida eletricamente está bem calibrada tanto para cidade como para estrada, o que contribui para uma condução despachada. Em percursos citadinos, o desempenho é muito convincente, com a caixa a permitir explorar de modo ideal a faixa de utilização mais favorável do motor. Em percursos mistos os consumos são verdadeiramente baixos e situam-se na faixa dos 4 a 5 litros. Em suma, não se podem esperar prestações desportivas desta carrinha, mas tal não pode nem deve ser apontado como um defeito, pois é pela eficiência energética e pela razão que esta mais se destaca. O preço competitivo a partir de 27 565 euros, com um equipamento de série bastante generoso, onde já estão incluídos os airbags laterais traseiros, o airbag para os joelhos do condutor, o Bluetooth, o ar condicionado automático climatronic de 2 zonas, o cruise control e o controlo eletrónico de estabilidade, podendo-se acrescentar o pacote parking assistant (assistência ao parqueamento automático), o Intelligent Park Distance Assistant (com sensores de parqueamento à frente e atrás); o pacote Elegance (Alarme com monitorização interior e sensor de inclinação; Volante multifunções de 3 raios em pele, com controlos de rádio e telefone; Light Assistant com luz de circulação diurna e Sensor de Chuva; Espelhos retrovisores exteriores elétricos, aquecidos e retráteis; Hill Hold; Luzes traseiras LED e Computador de bordo Maxi DOT a cores.
João Vale
