Re(i)novar…
Depois da versão Coupé, a marca aproveitou a chegada da Primavera para apresentar a versão roadster do novo TT. Se por fora a imagem geral se mantém, neste caso com uma capota de tecido de abertura elétrica, que recolhe para um compartimento próprio com cobertura de alumínio, e que não altera assim os 280 litros de capacidade da bagageira, no interior nada muda face ao coupé, com exceção da maior luminosidade do habitáculo quando viajamos a céu aberto, e do botão extra na consola que permite que tal seja possível em apenas dez segundos, e até uma velocidade máxima de 50 Km/h.
Através de componentes produzidos em magnésio, alumínio, aço e plástico, a capota pesa apenas 39 kg, menos 3kg que na geração anterior, e está disponível, de série, em três cores, preto, cinza e beije. A acústica e isolamento foram também tidos em conta e melhorados significativamente. A camada de lã grossa na parte principal, aumenta o conforto. Assim, o nível de ruído no interior foi reduzido até 6dB. Como opção é possível ainda ter um defletor de vento elétrico em malha ou o sistema de aquecimento airscarf, incluído nos bancos desportivos S Line.
Comum ao irmão Coupé, estão os estreitos faróis dianteiros que lhe conferem uma imagem de determinação e desafio. A tecnologia Xenon Plus é de série e passa a existir a opção das tecnologias LED e Matrix LED. A distância entre eixos aumentou 37mm, tendo agora distâncias curtas entre o centro da roda e os limites do carro.
A inconfundível traseira é agora aprimorada com a estreita terceira luz que liga as duas unidades de cada lado, estando logo abaixo do contorno do spoiler traseiro, que se ergue a partir dos 120Km/h, para melhorar a resistência do ar e a aerodinâmica, conferindo mais segurança e estabilidade ao TT.
Parte da revolução no interior está a cargo do inovador sistema Audi Virtual Cockpit, onde o tradicional ecrã do computador de bordo e o ecrã do MMI foram combinados numa única unidade central e digital em frente ao condutor. O painel totalmente digital e a cores, de 12,3 polegadas com uma resolução de 1440 x 540 pixels, conta ainda com dois processadores Tegra 30 da Nvidia do mais evoluído que existe no mercado. De referir que o sistema é desenvolvido em Portugal, mais concretamente nas instalações da Bosch, em Braga.
Os botões integrados no volante permitem controlar praticamente todas as funções e com o MMI touch, localizado na consola central, é possível fazer scrool e zoom, e os controladores da climatização estão alojados nos próprios ventiladores, poupando espaço na consola.
O TT Roadster está disponível com três motorizações de quatro cilindros com turbocompressor e injeção direta, dois a gasolina TFSI com 230cv e o TTS com 310cv, e o TDI com 184cv. A caixa Stronic de seis velocidades, está apenas disponível apenas para as versões gasolina, assim como a tração integral Quattro. Ambos com velocidades máximas de 250km/h limitadas eletronicamente e com sistema Valvelift para regular o curso da válvula de escape e a gestão térmica que utiliza um módulo de válvula rotativa, e um coletor de escape integrado na cabeça do cilindro, conseguem entre 6,2s e 4,9s para atingir os 100 Km/h, enquanto o TDI, detentor da sigla Ultra, faz 7,3s dos 0-100 Km/h e atinge 237 Km/h de velocidade máxima.
O sistema start/stop é de série em todas as versões, e a gama de motores assume se 14% mais potente e 21% mais eficiente. Tendo sido modificada em áreas importantes, a carroçaria do Roadster garante o mesmo comportamento do Coupé e uma regidez torsional idêntica.
Sendo um automóvel de nicho, e que pretende vender pouco mais de uma centena de viaturas por ano, a marca vê-o no entanto como sem concorrência no segmento, já que os restantes concorrentes Premium se apresentam todos com uma solução de capota rígida. Os preços começam nos 50.520€ do 2.0 TFSI, passando pelos 52.000€ do TDI, até aos 72.000€ do TTS de 310cv com caixa Stronic e tração integral. Naturalmente um luxo caro, mas a Audi afirma que, já desde a primeira geração, quem os tem… não os vende, o que será naturalmente significado de satisfação. 17 anos depois esta geração promete manter-se assim, sem perder a identidade.