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Nissan Pulsar 1.6 DIG-T 190cv Tekna

Na estrada com…

Ultimamente mais focada na comercialização de uma completa gama de SUVs e que demos a conhecer na última edição da revista Escape Livre Magazine, a Nissan há já algum tempo que não dispunha de um automóvel familiar no segmento C onde outrora o saudoso Primera vendeu durante cerca de 18 anos consecutivos.
Se os SUVs conquistam pela validade do produto que a marca oferece, porque não aplicar a mesma fórmula e retomar a presença num segmento igualmente importante? Assim o fez… o Pulsar não substitui o antigo Primera, aliás, o nome Pulsar não é novo na marca, mas agora, e partilhando a mesma plataforma do Nissan Qashqai e do X-Trail, tem verdadeiros argumentos para ser tido em consideração. É, aliás, daí que vem a sua principal mais-valia, o espaço, com uma distância entre eixos de 2,7m. Isto, em conjunto com o conforto e equipamento, são as armas deste modelo que agora ataca o segmento de garras afiadas.
Com ligeiras parecenças ao irmão silencioso, o Leaf, o modelo tem vertentes familiares que o deixam bem posicionado, com um design moderno e mais apelativo. O espaço interior, nomeadamente nos lugares traseiros, é referência, a bagageira tem 385 litros de capacidade e a maioria dos comandos são conhecidos do Qashqai… o interior apresenta materiais no topo com imitação de carbono e que de uma forma geral agradam, mas contrastam com outros menos nobres nas zonas inferiores. Este não é, no entanto, um Pulsar qualquer, e se em outros tempos não esquecemos o Primera GT, detentor de um bloco 2.0 com 150cv e procurado por chefes de família aspirantes a corredores de fim-de-semana, esta versão do Pulsar, embora discreta e com poucas diferenças a nível estético que se concentram na ponteira de escape cromada e em aplicações em tons de carbono, está equipada com um bloco 1.6 turbo a gasolina com 190cv, o que lhe permite andamentos bem despachados surpreendendo alguns condutores na estrada. Prova disso são os 7,7 segundos dos 0-100 Km/h ou os 217 Km/h de velocidade máxima.
Não irá ser, certamente, a versão mais procurada e nem se assume como uma versão desportiva do familiar, mas permite outros ritmos a quem os pretenda e para quem não faça demasiados quilómetros poderá compensar poder ter um pouco do melhor de dois mundos, o familiar, e o outro… Os consumos variam mas tendem a rondar os sete litros, embora sejam possíveis valores inferiores com algum cuidado e, claro, valores superiores se o entusiasmo aumentar.
É também recheado de equipamento, nomeadamente nesta versão Tekna, com as câmaras de estacionamento 360º, o acesso sem chave, sistema de navegação, sistema de alerta de colisão, sistema de deteção do ângulo morto, sistema de alerta de transposição involuntária da faixa de rodagem, bancos em pele aquecidos, cruise control com limitador de velocidade. Com uma afinação correta da suspensão a filtrar as irregularidades e um conforto notável, mesmo com jantes de 18”, resta-nos tirar partido da motorização que, apesar da elevada potência, responde de forma linear às solicitações, já que o binário máximo mantém-se constante numa ampla faixa de rotação, sem respostas demasiado abruptas e desconfortáveis. Com uma diferença de cerca de 1000€ a mais face à versão equivalente com a motorização dCi de 110cv, fica a dúvida. É uma questão de fazer as contas… nomeadamente aos quilómetros que conta fazer por ano.

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