Rui Soares
Serviu-se das bancadas da ARC Sport para exteriorizar a sua sabedoria além-fronteiras. Aos 29 anos de idade é já um fenómeno na estrutura da Hyundai Motorsport, sendo responsável pelo i20 WRC do neozelandês Hayden Paddon.
São inúmeras as fórmulas para dar resposta imaginativa à crise de empregabilidade em Portugal. Muitos são aqueles que, a seguir à licenciatura, não param para tirar o mestrado, nem que seja além-fronteiras. Imaginação e muita vontade de triunfar é coisa que não falta a muitos portugueses mas que, penosamente, continuam “presos” a uma crise de estabilidade e financeira que, teimosamente, não abranda dada a falta de travão.
Outros, contudo, procuram a sorte a partir de uma enorme “trabalheira”, nem que para isso tenham de deixar a família para trás temporariamente. É o caso de Rui Soares, um jovem engenheiro mecânico licenciado na Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC) com mestrado em Desporto Automóvel na cidade basca de Vitoria-Gasteiz, em Espanha, e responsável pelo Hyundai i20 WRC do neozelandês Hayden Paddon, piloto que faz parte integrante do Mundial de Ralis.
Os automóveis e os motores em particular sempre fizeram parte do seu quotidiano. Uma paixão que o acompanha desde tenra idade, muito por culpa do pai de quem também herdou o nome. Rui Soares – pai – foi, outrora, navegador, razão mais que suficiente para que o introduzisse o “bichinho” no filho.
«Apendi muito com o meu pai, com quem ganhei este gosto pelos automóveis», começou por referir, mas é no seio familiar da assistência que passa «o tempo durante os ralis», embora saiba o que é ser piloto e navegador. Aos 29 anos de idade, Rui Soares, natural de Aguiar da Beira, deu os primeiros passos na profissão na ARC Sport, uma empresa de âmbito familiar mas de alta precisão no que concerne à preparação de automóvel em Portugal, conquistando já uma panóplia de títulos nacionais.
«Vivi momentos maravilhosos na ARC Sport. Era um adolescente que ocupava as bancadas de trabalho nos períodos de férias. Naturalmente que o “bichinho” dos ralis enraizou-se ainda mais, mesmo quando ingressei na equipa basca Epsilon Euskadi na Velocidade, para concluir o mestrado», afiançou.