No dia 11 de Agosto de 2024, o ciclista amador Sérgio Vaz, conhecido solicitador da Guarda, realizou sozinho uma ultramaratona de ciclismo desde a cidade da Guarda até à cidade de Portimão, no Algarve.
Este desafio acumulou uma distância total de 506kms, um acumulado de altimetria de 4.604m, com uma média de velocidade de 28,7kms/h e foi realizada em 17 horas 36 minutos e 08 segundos.
O ciclista explicou que se preparou especificamente para este evento durante 5 semanas e incluiu preparação logística, física, psicológica, nutricional e escolha do percurso, tendo acolhido alguns conselhos, sugestões e ajuda de diversos amigos na preparação do percurso.
A duração total do evento, incluindo paragens para alimentação, reposição de líquidos para hidratação, registo fotográfico, e correções imprevistas no percurso (que numa distância destas acaba sempre por acontecer), foi de 21 horas 59 minutos e 04 segundos.
Na partida deste desafio o ciclista teve a companhia de um amigo ciclista (Paulo Coelho) que o acompanhou até Vila Velha de Ródão.
Eram 16.07 horas quando iniciou o desafio, debaixo de um sol escaldante, qcom a temperatura a rondar os 36 graus.
Referiu ainda que para conseguir executar as 80.971 pedaladas deste desafio sem quebras de rendimento e para tentar compensar as 10.529 calorias gastas em todo o percurso teve que realizar ao longo do trajecto uma alimentação e hidratação rigorosas, além de manter um compasso de andamento e esforço moderados.
O momento que o ciclista mais apreciou foi a noite. A temperatura baixou dos 38 graus de temperatura máxima registada até aos 13 graus, que com o esforço exercido ao pedalar sentia-se extremamente confortável. Durante o período nocturno, apesar de não poder apreciar visualmente as paisagens alentejanas, assistiu a acontecimentos engraçados, deste ter observado vários animais que pareciam dar-lhe as boas vindas (coelhos, aves e raposas), escutou chocalhos de animais de vários timbres diferentes que harmonizavam a noite, além de outros mais sombrios que despertavam o seu sentido de atenção e alerta e o faziam acelerar um pouco mais o andamento (ruído de animais corpulentos à beira da estrada ou cães com um ladrar intimidativo).
O ciclista referiu que “o ser humano tem capacidades inimagináveis e que o mais importante, quer neste tipo de desafios, quer em qualquer outra área da vida, é o foco mental que colocamos nas coisas que fazemos, visualizando-as e vivendo-as ainda antes delas acontecerem”. Neste desafio pessoal disse que despendeu de 80% de esforço mental e 20% de esforço físico.