Documento foi aprovado na reunião de Câmara
O protocolo de colaboração e o contrato de arrendamento entre a Câmara Municipal da Guarda e a empresa Randstad foi aprovado por maioria, com a abstenção dos dois vereadores do PS, na reunião de Câmara realizada antes da cerimónia de assinatura do documento. Os socialistas José Igreja e Joaquim Carreira justificaram o sentido de voto pelo facto de não terem tido acesso ao documento antes da sessão camarária. “Não tivemos, até à hora da reunião, nenhum documento sobre o objecto do contrato” como custos, local, benefícios para o concelho, entre outras premissas, disse José Igreja aos jornalistas. “Ficámos um pouco apagados para podermos analisar a questão”, acrescentou, referindo que no fim-de-semana a Câmara “podia ter enviado para nós uma minuta”. Daí a abstenção do PS, embora refira que o partido reconhece “a importância da criação de postos de trabalho na Guarda”. Sobre o mesmo assunto, o vereador Joaquim Carreira referiu que os eleitos do PS tinham “desde quarta-feira” no mail um convite para uma cerimónia de protocolo para aquele fim, mas até à hora da reunião de nada sabiam. “Viemos para esta reunião sem o conhecimento deste ponto e ele foi-nos colocado à votação”, acrescentou. Em sua opinião, “deve este executivo um outro trato aos vereadores da oposição”, apelando para que a situação não volte a repetir-se. Os vereadores do PS abstiveram-se “por desacordo e para manifestar o nosso desagrado em relação a esta forma de tratar os vereadores da oposição”, concluiu.
O presidente da Câmara da Guarda reagiu à posição dos vereadores do PS dizendo que “o PS da Guarda absteve-se de muitas coisas durante 40 anos e levou a Guarda onde levou. Infelizmente, ainda há alguns socialistas com responsabilidade que continuam a abster-se do desenvolvimento da Guarda, mesmo que arranjem questões protocolares”. E acrescentou: “Na reunião de Câmara eu disse aos senhores vereadores: querem suspender a reunião para tratarem do assunto? Digam-me o que querem. Agora, este processo foi fechado na quarta-feira às seis da tarde, às seis e meia saíram os convites. Na quinta-feira saiu a ordem de trabalhos e só no sábado à noite nós ultimámos as partes do texto. Ora, eu acho que foi agendado, está todo o respeito, mas eu disse aos senhores vereadores: podemos suspender. Eu quis trazer os vereadores do PS ao desenvolvimento da Guarda. Eu pedi até, se querem suspendemos a reunião para votarem a favor do desenvolvimento da Guarda, mas alguns responsáveis socialistas preferem continuar a abster-se. Paciência”.