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Sérgio Costa espera ajuda financeira para “virar a página trágica” dos incêndios

Incêndios | Serra da Estrela

“Temos de saber virar a página deste livro – é o livro da nossa vida – e esta é uma página trágica” considera o Presidente da Câmara da Guarda, em relação ao futuro dos territórios do Parque Natural da Serra da Estrela, atingidos pelo incêndio do mês de Agosto.
Sérgio Costa salienta que é importante “transformar todo este território para voltar a ser o que era, aos mais diversos níveis da agricultura, das florestas, da pecuária, do turismo”. Defende mesmo que “o turismo é uma grande alavanca deste território, deste nosso Parque Natural da Serra da Estrela” e, por isso, “temos de nos ajudar todos, mutuamente”.
Numa altura em que estão praticamente contabilizados os primeiros prejuízos provocados pelo incêndio, Sérgio Costa quer que “haja uma grande vontade, um forte músculo financeiro para que seja possível fazermos todas as intervenções que são precisas de ser feitas algumas no curto prazo, outras no médio prazo e outras no longo prazo”.
Sérgio Costa falava aos jornalistas à margem de uma reunião, de representantes dos concelhos afectados pelos incêndios no Parque Natural da Serra da Estrela, com o eurodeputado Álvaro Amaro, esta segunda-feira, 5 de Setembro, na Quinta da Taberna, em Videmonte, concelho da Guarda. O encontro serviu para preparar um conjunto de iniciativas no âmbito das instituições europeias para minimizar os prejuízos causados pelos incêndios deste Verão.
Lembrou que já reuniu com os deputados do Partido Socialista e que já teve uma conversa telefónica com o deputado do PSD e agora com o eurodeputado Álvaro Amaro sobre a tragédia que atingiu o parque Natural da Serra da estrela.
“Temos de estar gratos a todas as pessoas que se interessam e querem defender este nosso território”, pois “juntos somos mais fortes”, considerou Sérgio Costa.
Em relação ao valor dos prejuízos que o incêndio causou no território do concelho da Guarda, disse que são “muitos milhões de euros”. Lembrou também que os prejuízos e os custos da reabilitação estão a ser finalizados pela Agência Portuguesa do Ambiente, pelo Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, pelos municípios e pelo Ministério da Agricultura.
Sérgio Costa referiu, no entanto, que “olhando à volta destas serranias, desta serras, destes montes e vales, há aqui prejuízos que ainda não foi possível calcular”. E acrescentou: “nomeadamente quanto vai custar retirar toda esta madeira para não apodrecer na terra; Quanto é que custa replantar tudo isto; E quanto é que custa a pegada do carbono”. Considerou que “são os prejuízos impossíveis de calcular no curto prazo”.
O autarca adiantou que “os custos estão a ser contabilizados para que no próximo Conselho de Ministros haja, efectivamente, uma decisão sobre o apoio a dar a tudo isto, mas estamos a falar de muitos milhões de euros”.

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