Um grupo de cidadãos da cidade da Guarda interpôs uma providência cautelar para travar o abate de árvores previsto no âmbito do projecto de requalificação do Parque Municipal. Os subscritores referem em comunicado que foi interposta uma providência cautelar no Tribunal Administrativo de Castelo Branco no dia 6 de Setembro e que a mesma foi “liminarmente aceite no dia 16 de Setembro”. “Sem qualquer sinal de intenção de alteração do projecto de abate e com contrato de adjudicação já assinado, esta era a única solução viável para parar o processo e estender o prazo para uma discussão que nunca foi efectuada, sob pena de ficarmos privados de um valioso património por uma opção estética questionável por parte de um grupo de arquitectos que com certeza não fruem nem conhecem a fundo o nosso Parque Municipal e a nossa cidade”, é justificado. “Entendemos que o Parque Municipal deve ser requalificado e ser provido dos equipamentos, manutenção e vigilância adequados. Sabemos que umas poucas árvores devem ser abatidas por motivos de segurança e sanidade, mas em número ínfimo relativamente ao proposto. Evidentemente que o elevado número de árvores já abatidas neste local (foram abatidas mais de 30 em Março passado junto à vedação), e a abater (entre 20 e 30 segundo um desenho do projecto a que tivemos acesso pontual) não se encontravam nem encontram nesta situação, pelo que se revela mais adequado em termos ambientais refazer canteiros, reordenar e reabilitar espaços, manter o piso de saibro que não impermeabiliza o parque e que permite a prática desportiva (ao contrário da betonilha proposta), bem como realizar podas sanitárias tecnicamente bem conduzidas, ao invés das podas radicais que têm sido realizadas ao longo dos últimos anos, apesar dos insistentes alertas da população e dos estudos técnicos”, explica o grupo de cidadãos.
No comunicado é também referido que “as árvores do Parque Municipal são ainda a memória viva do passado da centenária Mata Municipal que foi sendo destruída ao longo de décadas, pela natureza e pelo homem”.