Entrevista: Carlos André Tavares Cruz, Presidente da Associação Cultural e Recreativa de Fernão Joanes
Carlos André, Presidente da Associação Cultural e Recreativa de Fernão Joanes, é natural de Fernão Joanes, concelho da Guarda.
Estudou na Escola Secundária Afonso de Albuquerque, na Guarda e na Universidade da Beira Interior, na Covilhã.
Nos tempos livres gosta de acompanhar o Associativismo Juvenil, praticar algum desporto, ver séries e estar com os amigos.
A GUARDA: A Associação Cultural e Recreativa de Fernão Joanes tem adquirido notoriedade nos desportos motorizados, nomeadamente como o Europeu de Motocross e agora com o Campeonato Nacional Supercross. É uma aposta para ficar?
Carlos André: O motocross, ao longo dos últimos anos, tem sido uma modalidade que tem vindo a ganhar protagonismo na aldeia de Fernão Joanes. Exemplo disso é de que a Etapa do Campeonato Europeu de Motocross teve este ano a 9ª edição. O ano passado apostámos, pela primeira, vez na realização de prova do campeonato Nacional de Supercross, demonstrando assim que a aposta realizada há alguns anos é para manter.
A GUARDA: Este sábado o Crossódromo Internacional das Lajes recebe a primeira prova do Campeonato Nacional de Supercross. Como vai decorrer e qual o programa da prova?
Carlos André: As portas ao público serão abertas as 16.00 horas, para que estes possam vir mais cedo e escolherem o melhor lugar para ficar. Após isso, pelas 17.00 horas iniciam-se os treinos livres e cronometrados, contando para a qualificação das provas da noite que terão início às 20.30 horas. Para além de todas as corridas teremos a decorrer, ao mesmo tempo, alguma animação, que contará com a presença da Tuna Orquestra Académica Já b’UBI & Tokuskopus da Universidade da Beira Interior, assim como do artista Virgílio Faleiro e Dj Sousa que actuarão pela noite dentro após a habitual entrega de prémios aos vencedores.
A GUARDA: Quantos pilotos estão inscritos para esta prova?
Carlos André: Neste momento ainda estamos a receber diariamente novas inscrições. Contudo após expectativas e alguns contactos realizados com os pilotos esperamos ter cerca de 50 pilotos repartidos pelas diferentes categorias em prova, SX65, SX85, SX2, SX1 e SX Elite.
A GUARDA: Podemos dizer que estão criadas as condições para que haja muito público nesta prova de Fernão Joanes?
Carlos André: Estamos a fazer de tudo para que o público que se deslocar ao Crossódromo Internacional das Lajes se sinta em casa. Novamente este ano terão à sua disposição uma bancada para que possam assistir com maior conforto à prova. Para além disso todo o espectáculo, de som, luz e vídeo, que temos preparado vai fazer com o que a adrenalina seja ainda mais atractiva para todos os presentes.
A GUARDA: Há um grande envolvimento de sócios e voluntários neste tipo de iniciativas ou nem por isso? E dos patrocinadores?
Carlos André: Temos cerca de 150 voluntários que se dividem pelas diversas áreas: comissários de pistas, coordenadores de comissários de pista, restaurante, bares de apoio, secretariado de prova, recepção de pilotos, equipas de limpeza, manutenção de pista, comunicação, etc… Todos estes voluntários são da Aldeia de Fernão Joanes, a maioria pertence ou já pertenceu aos órgãos sociais da ACR Fernão Joanes, contudo temos também muitos voluntários, nomeadamente das aldeias vizinhas, que ao longo destes anos sempre nos ajudaram e continuam a ajudar. No que diz respeito aos apoios, temos como principais parceiros institucionais o Instituto Português do Desporto e Juventude, a Câmara Municipal da Guarda, a Junta de Freguesia de Fernão Joanes e da FMP – Federação de Motociclismo de Portugal. Como é do conhecimento de todos ao qual nós associação também fazemos questão de demonstrar, são muitas as empresas privadas que nos ajudam. Muitos estão connosco já há muitos anos, outros, mais recentemente, têm vindo ao nosso encontro com o intuito de nos ajudar. Em suma temos mais de 70 patrocinadores que nos ajudam diariamente / anualmente na realização das nossas actividades, em particular estas duas de carácter Desportivo, mas também outras actividades de carácter Social e Cultural, com muita vontade e determinação, e com o apoio e a presença física de todos eles.
A GUARDA: Que outras actividades são realizadas pela Associação que gostaria de destacar?
Carlos André: Em termos de outras actividades realizadas pela nossa Associação, realizamos ao longo do ano o passeio TT, temos a nossa reserva de caça em funcionamento, ao longo de todo o ano temos o grupo Juvenil anima as Eucaristias e para os mais jovens temos aulas de música e dança.
A nível cultural realizamos a Festa da Transumância há mais de 20 anos, e agora acontece de dois em dois anos. Esta festa dedica-se essencialmente a demonstrar os costumes ligados à pastorícia do qual fez e faz parte de Fernão Joanes desde sempre.
Este ano a novidade é uma actividade que vamos realizar no próximos dia 22 de Julho, o Inter-Freguesias, que vai contar com um pequeno torneio de Futsal no Parque de Lazer da Nossa Senhora do Soito e durante a noite, na praça da aldeia com os “FUN-GAMES”.
A GUARDA: Projectos para o futuro?
Carlos André: Os projectos que temos pensado para o futuro, ainda estão em discussão entre os órgãos sociais. Contudo mais que novos projectos, o mais importante e que vos posso dizer que não é fácil, é manter todas estas actividades que temos ao longo do ano, fazendo da associação de Fernão Joanes, uma das mais importantes entidades promotoras a nível Local, Nacional e mesmo Internacional, tudo de forma voluntária.
A GUARDA: Como olha para o papel das Associações na promoção e desenvolvimento das aldeias?
Carlos André: As Associações, sejam elas de que cariz forem, Juvenil, Sociais ou outro tipo, são um dos principais motores de desenvolvimento das aldeias. Estas trabalham diariamente em prol de toda a população das aldeias, nomeadamente do interior onde existe um maior nível de população idosa não se sinta só. Para além disso, no nosso caso, gostamos de oferecer aos nossos jovens as mesmas oportunidades que qualquer jovem da cidade têm, e é para isso que temos de trabalhar. Por fim dizer que as associações, no caso juvenis, são uma importante escola de cidadania e de transmissão de valores aos jovens.