O novo presidente do Conselho de Administração (CA) da Unidade Local de Saúde (ULS) da Guarda, Carlos Rodrigues, disse na cerimónia de tomada de posse, que foi presidida pelo Ministro da Saúde, que tem 10 objectivos estratégicos principais para o triénio de 2015-2017. O primeiro objectivo consiste em “melhorar o sistema de prestação de cuidados de saúde, centrando na comunidade e em cooperação com as autarquias, o reforço dos meios relativos aos cuidados primários e aos cuidados continuados”. Aumentar a qualidade e a segurança dos serviços hospitalares; requerer e reafirmar a condição de Hospital de ensino universitário para a Guarda e atrair profissionais; atrair e valorizar os recursos humanos propiciando a sua formação contínua e o orgulho de pertencerem à instituição; dar continuidade à informatização dos serviços de forma a permitir gerir com mais eficácia; finalizar as obras de requalificação do edifício 5 do Hospital Sousa Martins; finalizar a construção do Centro de Saúde de Figueira de Castelo Rodrigo (no mês de Maio), promover a construção do Centro de Saúde de Vila Nova de Foz Côa e da extensão de São Romão, do Centro de Saúde de Seia; e assegurar a sustentabilidade financeira da instituição, são outros dos projectos do novo presidente que está em funções desde o dia 2 de Fevereiro.
Na sua intervenção, Carlos Rodrigues disse que o novo CA tem “uma visão de futuro” para a ULS da Guarda. “Pretendemos que esta instituição se torne numa organização de vanguarda e de referência na prestação de cuidados de saúde, reconhecida por superar as expectativas dos utentes e profissionais através de uma melhoria contínua da qualidade e de desenvolvimento do capital humano; mobilizar o sistema organizacional segundo os princípios da estrutura em rede – dos centros de saúde com os hospitais e estes com a Universidade -, a fim de oferecer serviços de excelência assistencial, através de um foco integral no cidadão-utente; promover a inovação e a participação na investigação, através de um desempenho dirigido à formação de profissionais da saúde em diferentes especialidades”.
O responsável lembrou ainda algum do trabalho já realizado desde o dia 2 de Fevereiro, com destaque para o desenvolvimento de 10 processos de recrutamento de médicos para suprir “necessidades muito urgentes”, o lançamento do concurso para obras de readaptação de um espaço para a cozinha do Hospital e refeitório para o pessoal, o início de obras de “pequenos ajustamentos” nas urgências e a readaptação de “alguns espaços do edifício 5 para colocar os serviços de anestesia, ginecologia e algumas comissões fundamentais como a prevenção e controlo de infecções hospitalares”. Disse também que a ULS, que gere os hospitais da Guarda e de Seia e 13 Centros de Saúde, presta assistência a uma população de cerca de 150.000 habitantes. Na mesma cerimónia, realizada no novo edifício do Hospital da Guarda, para além de Carlos Rodrigues, foram também empossados Gil Barreiros (director clínico), Flora Moura (vogal executiva) e João Marques (enfermeiro director).
No dia seguinte, Carlos Rodrigues promoveu um encontro com os jornalistas, onde reafirmou algumas das ideias do seu discurso e considerou que a criação do Grupo Hospitalar da Beira Interior permitirá “obter economias de escala” para os hospitais da região. “É um aproveitamento de economia de escala. Cada uma das unidades, quer a ULS de Castelo Branco, quer o Centro Hospitalar da Cova da Beira, quer a ULS da Guarda, têm a sua identidade garantida, a sua autonomia completa”, disse.
Carlos Rodrigues também reagiu aos comentários sobre a sua vinda para a Guarda, referindo que lhe custou ouvir dizer que veio de fora, porque “vir uma pessoa de fora é um valor acrescentado”. “Pensei que essa cultura tão fechada já tinha desaparecido do país”, observou.