O Bloco Operatório, a transferir na sexta-feira, é um dos últimos serviços a mudar para as novas instalações
O novo pavilhão do Hospital da Guarda vai funcionar em pleno a partir de sexta-feira, para quando está prevista a mudança do Bloco Operatório.
De acordo com o Conselho de Administração (CA) da Unidade Local de Saúde (ULS) da Guarda, que gere o Hospital Sousa Martins (HSM), a Unidade de Cuidados Intensivos foi transferida na terça-feira e o Bloco Operatório mudará na sexta-feira para as novas instalações.
O anúncio foi feito na segunda-feira, 19 de Maio, dia em que foi evocado o 107.º aniversário do Sanatório Sousa Martins, com a presença de 107 jovens de Agrupamentos de Escolas da cidade da Guarda e de algumas instituições particulares de solidariedade social da região, nomeadamente a CERCIG, a ADM Estrela e a Associação Paz e Bem, do Soito (Sabugal). A deslocação ao Parque da Saúde, apoiada pelo Serviço de Pediatria, incluiu uma visita ao novo bloco do HSM, a composição pelos jovens do número 107 e a largada de 107 balões.
No final das actividades comemorativas, Vasco Lino, presidente do CA da ULS da Guarda, disse aos jornalistas que no fim-de-semana passado já tinha sido mudada a urgência do Hospital, que se juntou a serviços como as consultas externas, os internamentos de oftalmologia, ortopedia, cirurgia, otorrino e pneumologia, a esterilização, a farmácia e alguns dos serviços de imagiologia. O responsável assegurou que os serviços já mudados estão a funcionar “normalmente”, não tendo ocorrido “nenhuma falha” na fase de transferência nem durante o funcionamento nas novas instalações.
A Directora Clínica da ULS para os Cuidados de Saúde, Fernanda Maçoas, referiu aos jornalistas que o processo de transferência da urgência, realizado no sábado, dia 17 de Maio, pelas 07.45 horas, correu “bem” e “não houve constrangimentos” nem “sobressaltos”. Disse que aquele serviço, “de uma forma geral, está a funcionar bem” no novo bloco hospitalar.
Nos dois antigos edifícios do HSM ficam ainda a funcionar os serviços de medicina interna e de cardiologia, a urgência materno infantil, a obstetrícia e a pediatria.
Fernanda Maçoas disse que futuramente terá que ser criada “harmonia” entre os serviços que funcionam nas novas e nas instalações antigas, lembrando que entre os edifícios existem três níveis de ligação: no piso menos 1, no nível zero e no piso 1.
Com as novas instalações a funcionar em pleno, a responsável acredita que será melhorado o atendimento aos utentes do Hospital “em termos de qualidade”.
O presidente do CA da ULS da Guarda, Vasco Lino, reconheceu que a funcionalidade dos serviços nas novas instalações “é completamente diferente da que tínhamos”, lamentando que quando o edifício foi projectado não tenha sido pensado de forma global para acolher todos os serviços dispersos pelos dois pavilhões mais antigos.
Adiantou que a ULS já programou a realização de obras ao nível do telhado do pavilhão construído na década de 1990, onde funcionavam as urgências, para acabar com as infiltrações da água da chuva. As obras, orçadas em cerca de 250 mil euros, serão realizadas ainda antes do próximo Inverno. “Neste momento está a ser já feito o projecto de engenharia” da cobertura “para ser concursada e feita enquanto o tempo o permite, de maneira a que no próximo Inverno já não haja os problemas das infiltrações”, adiantou. Segundo Vasco Lino, “depois vai haver uma obra interior para redistribuir os serviços que ficaram neste bloco e acolher aqueles que virão do Sanatório”, havendo a possibilidade de a candidatar a fundos comunitários. “A ideia é desactivar o edifício do Sanatório”, referiu.
O novo pavilhão do Hospital da Guarda, com uma área de 48.600 metros quadrados, representa um investimento superior a 55 milhões de euros.