Requalificação tem um investimento superior a dois milhões de euros
Em Seia, o ministro da Saúde, Manuel Pizarro, anunciou que já assinou o despacho que permitirá a instalação de uma angiografia cardíaca no hospital da Covilhã. O governante explicou que, desta forma, “só em 2023 há já três novos hospitais públicos com angiografia cardíaca”, nomeadamente Guimarães, Aveiro e Covilhã.
Adiantou que “isso mostra bem o que estamos a fazer para valorizar, do ponto de vista da infra-estrutura tecnológica, o Serviço Nacional de Saúde”. Considerou ainda que este tipo de investimento ajuda a atrair jovens profissionais.
“É evidente que os jovens profissionais são mais fáceis de atrair quando nós temos os equipamentos mais modernos que se treinaram a utilizar durante o seu período formativo”, disse o Ministro.
Manuel Pizarro sublinhou que a população da Beira Interior “vai ficar servida com cateterismo cardíaco mais próximo do sítio onde mora”, o que permitirá uma “maior capacidade para salvar vida e para prolongar vida com qualidade”.
O Ministro da Saúde, Manuel Pizarro, visitou esta segunda-feira, 24 de Julho, a cidade de Seia, onde ficou a conhecer a realidade da saúde local e assinalou o início das obras de requalificação do Centro de Saúde de Seia, um investimento superior a dois milhões de euros.
Na recepção, que teve lugar nos Paços do Concelho, o Presidente do Município, Luciano Ribeiro, elencou alguns dos principais constrangimentos e dificuldades, com destaque para a falta de médicos, defendendo a criação de uma zona prioritária para a colocação destes profissionais. Destacou a necessidade da dinamização do Hospital de Seia, nomeadamente no aproveitamento da capacidade instalada da cirurgia de ambulatório, considerando a existência de equipamento e recursos humanos qualificados, e no funcionamento do Serviço Básico de Urgência (24 horas), com meios complementares de diagnóstico (TAC e Análise Clínicas), com o propósito de acabar com o vai e vem de ambulâncias entre Seia e a Guarda para a realização de procedimentos simples.
Luciano Ribeiro falou da necessidade de melhoria de algumas especialidades e serviços, como a psiquiatria ou a fisioterapia, recordando a incapacidade do serviço de fisiatria da ULS em acompanhar todos os utentes, o que implica a não distribuição de serviço aos fisioterapeutas do Hospital de Seia, mesmo quando encaminhados por ortopedistas. “Não sonhamos com um hospital central em Seia, mas temos a certeza que o nosso Hospital, sendo uma estrutura pequena, tem condições físicas e humanas para ser mais flexível e contribuir para a dignificação e melhoria dos resultados do SNS”, disse Luciano Ribeiro.
O Ministro reconheceu existir um subaproveitamento da unidade hospitalar, deixando o compromisso de, em articulação com a Unidade Local de Saúde da Guarda e a autarquia, criar respostas e mecanismos no sentido de inverter a situação.