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Festa da Solidariedade começa na Guarda e passa por Trancoso, Mêda e Foz Côa

No dia 30 de Maio
Festa da Solidariedade começa na Guarda e passa por Trancoso, Mêda e Foz Côa

A União Distrital das Instituições Particulares de Solidariedade Social (UDIPSS) da Guarda, em estreita colaboração com a CNIS – Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade, vai promover, amanhã, dia 30 de Maio, a sessão solene da saída da Chama da Solidariedade da Guarda, com destino ao Porto.
A cerimónia oficial de saída da Chama da Solidariedade está agendada para as 10.00 horas, para o Largo da Sé Catedral da Guarda. Depois, a Chama da Solidariedade passará pelos concelhos de Trancoso (12.00 horas), Mêda (14.00 horas) e Vila Nova de Foz Côa (15.00 horas). A entrega da Chama da Solidariedade à UDIPSS de Bragança será efectuada, pelas 17.00 horas, no Pocinho.
Rui Reis, presidente da UDIPSS da Guarda, explicou na conferência e imprensa realizada na sexta-feira, dia 23 de Maio, que a iniciativa acontece após aquelas duas entidades terem levada a efeito, em 28 e 29 de Junho de 2013, a caminhada da Chama da Solidariedade da cidade de Faro (Algarve) ate à cidade mais alta de Portugal, a Guarda.
Em relação à iniciativa deste ano, que terminará no Porto, no dia 7 de Junho, onde vai decorrer um congresso nacional da CNIS, disse que a UDIPSS procurou “criar não só uma dinâmica que passasse pela sessão solene na escadaria da Sé, na Guarda, mas também criar uma dinâmica que permitisse que alguns concelhos do distrito, sobretudo o que nos ligam mais ao distrito de Bragança (Trancoso, Mêda e Foz Côa) possam também eles ter a passagem da Chama da Solidariedade”. “Iremos ter a envolvência destes três Municípios, a envolvência de instituições de cariz social, da sociedade civil, de cada um destes concelhos, por forma a que a passagem da Chama da Solidariedade seja um êxito para este distrito”, declarou Rui Reis. Adiantou que os Municípios envolvidos “estão a criar dinâmicas com as instituições locais para que esteja presente bastante público e haja um envolvimento da população”. Em cada um dos concelhos por onde a Chama da Solidariedade vai passar, haverá, segundo o responsável, uma pequena sessão solene e uma componente recreativa e cultural.
Na conferência de imprensa, o presidente da direcção da UDIPSS da Guarda denunciou que, devido à crise económica, as famílias da região estão a optar por cuidar dos idosos e das crianças em casa. Segundo Rui Reis, o fenómeno começou com o afastamento de idosos dos Lares e estendeu-se posteriormente às respostas dirigidas à infância. “Neste momento, deixou de ser um problema ligado aos idosos, nomeadamente aos lares de idosos, aos centros de dia e ao apoio domiciliário, mas também se estende a respostas sociais ligadas à área da infância”, disse, adiantando que o afastamento de utentes das instituições “tem-se agudizado” nos últimos tempos.
Em relação aos idosos, referiu que nos meios rurais “quando as pessoas não têm emprego, acabam por ficar com os familiares em casa e acabam por não procurar uma admissão num lar”. Já quanto à infância, as crianças não frequentam as instituições, sobretudo a partir do momento em que as mães ficam desempregadas. Explicou que as crianças frequentam as creches, mas são recolhidas pelas mães a meio da tarde e já não precisam “do apoio de nenhuma instituição de solidariedade social”.
Tendo em conta as “convulsões sucessivas” que têm acontecido no país, devido à crise económica, Rui Reis também admitiu que as instituições de cariz social têm sido “o grande pilar” na ajuda aos mais necessitados.

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