Desde o dia 27 de Fevereiro
A Câmara Municipal da Guarda e a Associação do Comércio e Serviços do Distrito da Guarda extinguiram, no dia 27 de Fevereiro, a Agência para a Promoção da Guarda (APGUR). A decisão de dissolver a APGUR, criada em 10 de Janeiro de 2007 para dinamizar a revitalização do Centro Histórico aos níveis cultural, social, económico e turístico, foi decidida na reunião do executivo do dia 11 de Dezembro de 2014, mas a dissolução da mesma ocorreu a partir do dia 27 de Fevereiro.
Na última reunião camarária, realizada na segunda-feira, dia 9 de Março, o presidente da autarquia, Álvaro Amaro, anunciou que a dissolução da APGUR tinha sido decidida unanimemente pela Câmara e pela Associação Comercial. “Isso significa que a partir de agora a Câmara assume a sua responsabilidade naquilo que é a promoção, como tem vindo a fazer. É um desafio para nós, fazê-lo dentro dos recursos que temos, dos programas que vamos desenvolvendo e dos financiamentos que obtemos”, referiu o autarca. E acrescentou: “Isto não tem nada a ver com nenhum julgamento do passado, tem que ver com as mudanças de paradigma que sempre existem. Nada contra a Agência, nada contra as pessoas, tudo a favor de uma nova forma, de um novo modelo, que eu espero que resulte, dentro de um quadro financeiro diferente”. A partir de agora a promoção da Guarda vai ser feita pelo Município “em parcerias que depois estabelece, naquela lógica da envolvência que estabelecemos com várias entidades”. “Não precisamos de nenhum outro chapéu que não seja a envolvência do Município com a Associação, com o NERGA, com Instituições, com os Bairros, é isso que nós vamos fazer, é isso que nós vamos continuar a desenvolver. Creio que não vamos perder em qualidade, não vamos perder em marketing, não vamos perder em promoção, da Guarda. Isso não significa que não se tenha feito um bom trabalho”, disse. Álvaro Amaro referiu ainda que a funcionária da APGUR foi convidada a trabalhar com a autarquia “mas não aceitou”.
O vereador do PS, José Igreja, lembrou aos jornalistas, no final da reunião do executivo que o seu partido esteve contra a decisão da maioria em dissolver a Agência por considerar que “a APGUR fez um excelente trabalho em prol da cidade, em prol do turismo, em prol da cultura” e assumiu que o fim da APGUR deixou os vereadores do PS “tristes”. “Qualquer razão que tenha justificado o fim da APGUR, para nós não é suficientemente aceitável, pelo que é sempre uma referência”, declarou. José Igreja deixou ainda “uma palavra de louvor ao trabalho que quer os seus dirigentes quer os seus funcionários tiveram ao longo dos anos que ela existiu. A partir de hoje está dissolvida, pelo que é preciso manter a memória daquilo que foi bem feito”. Quanto ao facto de a autarquia assumir o papel até aqui desempenhado pela APGUR, observou: “Não sei se tem para isso capacidade de trabalhar a questão do turismo e da cultura que fazia a APGUR mas vamos ver”.
Recorde-se que a APGUR tinha como gestor o arquitecto António Saraiva.