Ana Abrunhosa promete envolvimento do Governo no projecto
Os Municípios de Gouveia, Guarda e Celorico da Beira assinaram um contrato intermunicipal para a elaboração do projecto de uma “estrada verde”, que integra a pavimentação de um caminho florestal de ligação no maciço central da Serra da Estrela.
A cerimónia, que teve lugar em Gouveia, contou com a presença da Ministra da Coesão Territorial e da Secretária de Estado do Desenvolvimento Regional.
“Faremos o ‘caminho verde’ em conjunto”, foi a garantia deixada pela Ministra Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, durante a assinatura de um contrato intermunicipal entre os municípios de Gouveia, Guarda e Celorico da Beira, para a elaboração do projecto de uma “estrada verde” que vai ligar o território destes três concelhos ao maciço central da Serra da Estrela.
Na cerimónia, que decorreu no salão Nobre da Câmara Municipal de Gouveia, no dia 10 de Maio, Ana Abrunhosa considerou que a elaboração deste projecto “determinante” para revitalizar o território do Parque Natural da Serra da Estrela.
“Não podemos ignorar que este projecto surge no âmbito de outro trabalho que também estamos a fazer, que é o Plano de Revitalização do Parque Natural da Serra da Estrela”, disse a Ministra.
Recorde-se que os Municípios de Gouveia, Guarda e Celorico da Beira estabeleceram um contrato de parceria para executar o projecto “estrada verde”, que constituiu a pavimentação de um caminho florestal no Maciço Central da Serra da Estrela.
O projecto vai permitir que um caminho florestal que existe entre Videmonte (Guarda) e que faz a ligação com Linhares da Beira (Celorico da Beira) e Alto da Portela, Calçada dos Galhardos, Senhora da Assedasse (Folgosinho, Gouveia) até à entrada no concelho de Manteigas, seja devidamente requalificado e pavimentado.
Para Ana Abrunhosa este projecto “é absolutamente determinante para revitalizar, também, o Parque Natural da Serra da Estrela, e para ter vida na Serra da Estrela”.
Lembrou a destruição provocada pelo incêndio do último Verão, adiantando que as calamidades são originadas “pelo abandono” dos territórios. E explicou: “Mesmo tendo valores naturais e ambientais a preservar, sabemos que esses valores naturais e ambientais devem e podem conviver com o ser humano. Nós temos de humanizar estes territórios, estes patrimónios naturais, porque, sem o homem, eles ficam abandonados”.
Ana Abrunhosa destacou o gesto dos municípios de Gouveia, Guarda e Celorico da Beira “que se uniram para resolver um problema comum”.
A secretária de Estado do Desenvolvimento Regional, Isabel Ferreira, também destacou a importância do projecto da estrada verde. Adiantou que “este não é um caminho qualquer. É um caminho que passa e que potencia um dos territórios mais emblemáticos que temos com maior potencialidade e que mais significa para Portugal, que é a Serra da Estrela”.
Autarcas destacaram
importância da
‘estrada verde’
O autarca de Celorico da Beira, Carlos Ascensão, destacou o potencial de um território que não está ser devidamente aproveitado. Sobre a estrada verde disse que “há muito caminho para fazer mas cá estamos para fazer este caminho”.
O Presidente da Câmara Municipal da Guarda vê na estrada vede “um excelente projecto” a nível da segurança, no combate aos incêndios, em termos de mobilidade, do turismo e da economia.
Sérgio Costa lembrou a importância dos Passadiços do Mondego, por onde já passaram cerca de 90 mil visitantes que é preciso motivar para outras potencialidades da região. E explicou: “Com a estrada verde as pessoas podem visitar outros lugares e, desta forma, estamos a ajudar a economia”.
O autarca considerou também que a estrada verde “não é um luxo, é para a população, para o povo”.
O Presidente da Câmara Municipal de Gouveia considerou que o projecto da estrada verde “é fundamental para a dinamização do Plano de Intervenção em Espaço Rústico dos Casais de Folgosinho, que permitirá criar condições de habitabilidade e circulação para fixar jovens no território, que lhes permita ter qualidade de vida.”
Luís Tadeu explicou que a intervenção, que vai depender dos municípios envolvidos e do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, é relevante para a coesão do território e para fazer com que a zona permita travar os incêndios.
Através do contrato de parceria agora assinado, os três municípios unem esforços para a execução do projecto e da obra, para a qual está previsto um custo de vários milhões de euros.
A futura via terá uma extensão de cerca de 25 quilómetros e facilitará a acessibilidade ao maciço central da Serra da Estrela ao nível turístico, bem como no combate aos incêndios.