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Comissão Vitivinícola Regional da Beira Interior espera um ano de boa produção

Quebra na exportação de vinhos da Beira Interior devido à guerra na Ucrânia e Israel

A guerra na Ucrânia e em Israel foi a causa apontada para a decida de 10% na exportação de vinhos da Beira Interior no último ano. O presidente da Comissão Vitivinícola Regional da Beira Interior disse que “fruto um bocadinho da questão da guerra, as exportações e o consumo diminuíram no último ano, que era expectável porque a inflação subiu, as pessoas tinham menos dinheiro na carteira e, obviamente, vinho não é pão”.

Para Rodolfo Queirós “desde que começaram os conflitos no médio oriente, como a guerra na Ucrânia, obviamente que diminuiu o consumo de vinhos neste território, que eram países importantes em termos de consumo, tanto a Rússia como a própria Ucrânia e Israel”.  E acrescentou: “Mesmo que nós não estivéssemos muito expostos a esses mercados o problema é que temos colegas do Dão, do Douro ou do Alentejo que vendiam para lá umas centenas de milhares de garrafas e se não as vendem lá têm de vender noutro sítio, criam-nos mais pressão aqui nos nossos mercados”.

Rodolfo Queirós adiantou que “o caminho passa por diversificar e estar presente noutro tipo de palcos, para que consigamos não colocar os ovos todos na mesma cesta”. E explicou: “O que temos a fazer neste momento é tentar diversificar os mercados. Temos tentado que os nossos produtores consigam expor para os mais diversos mercados porque só dessa forma é que conseguimos continuar nesta senda positiva”.

Sobre a campanha deste ano, mas sem esquecer o ditado que diz “que até ao lavar dos cestos é vindima”, Rodolfo Queirós adiantou que “nesta altura estamos à espera de um ano de boa produção”. Lembrou que “até Setembro/Outubro, muita coisa se irá passar”, pois “as alterações climáticas estão aí” e “podem mudar um bocadinho a configuração”.

O presidente da CVR da Beira Interior disse que “globalmente, estamos à espera de um ano bom, normal em termos de quantidade, mas a procissão ainda vai no adro”. E concluiu: “Temos a ideia que vai ser um ano positivo”.

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