Comemorações dos 110 anos do Jornal A Guarda

António Rego defende continuidade de todos os títulos dos jornais da Diocese

O cónego António Rego defendeu, na quarta-feira, dia 14 de Maio, na Guarda, a continuidade de todos os títulos dos jornais que actualmente existem na Diocese.

Durante a conferência intitulada a “Imprensa regional ao serviço de uma autêntica cultura de encontro”, realizada no âmbito do Ciclo de Conferências dos 110 anos do Jornal A Guarda, o jornalista, que foi o primeiro director de Informação da TVI, defendeu a manutenção dos actuais títulos diocesanos “pela proximidade” com a comunidade e “para promoverem o encontro entre pessoas”. A ideia de António Rego vem no seguimento da mensagem do Papa Francisco para o Dia Mundial das Comunicações Sociais que se celebra no dia 1 de Julho com a temática “Comunicação ao serviço de uma autêntica cultura do encontro”.

Opinião diferente tem o bispo da Guarda, D. Manuel Felício, ao defender a fusão dos actuais três semanários da Diocese: Jornal A Guarda, Notícias da Covilhã e Amigo da Verdade. “A nossa Diocese tem três semanários. Têm que se entender para conseguirmos um semanário de qualidade. É o desafio que deixo aqui a nós próprios”, afirmou na sessão de abertura da conferência sobre “Imprensa regional ao serviço de uma autêntica cultura de encontro”, realizada na Sala Tempo e Poesia da Biblioteca Municipal Eduardo Lourenço, na Guarda. D. Manuel Felício referiu que “hoje a imprensa escrita passa tempos difíceis” devido à concorrência da Internet, mas realçou a longevidade do Jornal A Guarda, reconhecendo estar provado que “a imprensa regional, e em particular a imprensa ligada à igreja, é uma força notável”. No entanto, defendeu a necessidade de serem encontradas “formas de cooperação” entre a imprensa regional católica, para que “a qualidade esteja na linha da frente”. “Nestes 110 anos [do Jornal A Guarda] vale a pena reflectirmos sobre formas de pormos em colaboração títulos e espaços que têm a sua História. Se ficarmos sozinhos não vamos a lado nenhum, se nos soubermos complementar, conseguiremos enfrentar o futuro”, defendeu.

Na sua intervenção, o cónego António Rego, lembrou que as comunicações sociais tiveram uma “evolução explosiva”. Aludiu depois aos 110 anos do Jornal a Guarda para sublinhar tratar-se de “um compêndio de História viva da Diocese, onde se vai folhear e ver o que aconteceu de interessante na Igreja e na comunidade”. Disse que o jornal regional, “muitas vezes aquele que é lido de ponta a ponta” é “o espelho de uma pessoa, de uma terra, de uma comunidade”. Afirmou ainda que num Mundo onde as coisas correm velozmente, na imprensa regional predomina a palavra-chave da “proximidade”.

Victor Amaral, vereador do Pelouro da Cultura da Câmara Municipal da Guarda, disse na sua intervenção que o Jornal A Guarda “tem lugar na História da cidade”. O autarca felicitou o semanário, que considerou um “grande projecto de comunicação”, e destacou a sua importância para a região.

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