Colecção Piné vai “colocar a Guarda no circuito ibérico da arte contemporânea”

Instalação na antiga Casa da Legião

“A Colecção Piné, na Casa da Legião, irá colocar a Guarda no circuito ibérico da arte contemporânea”, disse o Presidente da Câmara da Guarda, que vê na cultura uma das alavancas do desenvolvimento e da afirmação da cidade, no contexto europeu. Carlos Chaves Monteiro considerou que a cultura tem uma economia própria, ligada a exposições, a eventos e a espectáculos e que “é também a locomotiva das indústrias do turismo, do alojamento, da restauração, da animação nocturna”. Na sessão comemorativa do Dia da Europa, a 9 de Maio, no Teatro Municipal da Guarda, o autarca lembrou a vocação europeísta da cidade de onde “saem as principais vias ferroviária e rodoviária que ligam Portugal a Espanha e se encaminham para os Pirenéus e para o coração da Europa”. Voltou a frisar que a cidade está a “captar o investimento de grandes empresas” e que, até ao final do ano vai “criar quase mil novos empregos muito qualificados no concelho”. Carlos Chaves Monteiro considerou que “a candidatura da Guarda a Capital Europeia da Cultura em 2027 é central para a afirmação desta cidade no espaço nacional, transfronteiriço e europeu”, na medida em que a cultura é “um poderoso motor das economias locais”. Lembrou que “na União Europeia a Cultura é um sector que gera riqueza num valor de 509 mil milhões de euros por ano – 4,2% do PIB europeu”. Neste contexto, considerou que “a instalação da Colecção Piné na antiga Casa da Legião é absolutamente estratégica”. Recorde-se que a colecção Piné, propriedade da Associação Nacional de Farmácias, é um dos mais notáveis acervos artísticos do século XX que existem em Portugal, com obras de Picasso, Paula Rego, Dalí, Vieira da Silva, Mário Cesariny, Cruzeiro Seixas, Júlio Pomar, entre muitos outros.Carlos Chaves Monteiro lembrou que a candidatura da Guarda a Capital Europeia da Cultura em 2027 tem como coordenador executivo o arquitecto Pedro Gadanho, “a quem incumbe a preparação de um conjunto de iniciativas que, nos próximos seis anos, articularão uma sucessão de eventos culturais e artísticos que irá catapultar as dinâmicas culturais e económicas, não só da Guarda, mas da região e do próprio país”.

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