Reabertura da Linha da Beira Baixa entre a Covilhã e a Guarda
O presidente da Câmara da Guarda defendeu uma ligação ferroviária mais rápida e segura no troço Guarda Castelo Branco, bem como ao centro da Europa. Carlos Chaves Monteiro falava no Seminário online sobre a reabertura à circulação ferroviária do troço Covilhã – Guarda, na Linha da Beira Baixa, Corredor Internacional Norte, que decorreu no dia 28 de Abril.“Esta ligação vem fomentar mais sinergias ao nível de mobilidade entre o eixo Guarda, Belmonte, Covilhã, Fundão e Castelo Branco”, adiantou Carlos Chaves Monteiro. O autarca disse que com o investimento na ferrovia e nas linhas da Beira Alta e da Beira Baixa “podemos circular através da convergência destas duas linhas que existe na Guarda”. Para Carlos Chaves Monteiro as obras realizadas vão permitir que “as empresas e os investimentos possam ser canalizados para o Centro da Europa”. E acrescentou: “Os investimentos a nível da ferrovia devem projectar-se em relação ao Centro da Europa”. O Secretário de Estado das Infraestruturas, Jorge Delgado, apontou a importância da Linha da Beira Baixa “enquanto elemento taxador do desenvolvimento económico e social não só para as populações e empresas da região mas todo o sistema de transportes ferroviários a nível nacional”. O membro do governo considerou que, com este troço da linha da Beira Baixa, os concelhos da Covilhã, Belmonte, Sabugal e Guarda ficam mais perto entre si e ficam também mais perto dos grandes centros urbanos de Lisboa e do Porto”, disse o secretário de Estado Jorge Delgado.O Director de Empreendimentos da IP, José Carlos Clemente, apontou os grandes objectivos da requalificação troço Covilhã/Guarda, nomeadamente: reabertura ao tráfego de passageiros e mercadorias; redução do tempo de trajecto, em consequência da modernização de toda a infra-estrutura ferroviária e utilização de comboios de tração eléctrica; aumento da competitividade do transporte ferroviário de mercadorias ao permitir a circulação de comboios de mercadorias com 600 metros; aumento dos níveis de segurança e de fiabilidade em resultado da instalação de um novo sistema de sinalização e telecomunicações; aumento da segurança da circulação Ferro e Rodoviária em resultado da suspensão e automatização de PNs e construção de desnivelamentos; melhoria das ligações internacionais fechando a malha formada pela Linha da Beira Alta e Linha Norte e construindo a nova concordância das Beiras.Adiantou ainda que o Corredor Internacional Norte (Linha de Leixões, Corredor Aveiro-Vilar Formoso, Linha da Beira Baixa) é o principal eixo de ligação ao Norte de Espanha e Europa, promovendo o desenvolvimento de Plataformas Logísticas, a redução de emissões CO2 e o crescimento significativo do tráfego ferroviário internacional de mercadorias. O seminário, em que também participaram os presidentes das autarquias da Covilhã e Belmonte, entre outros, abordou a importância da reabertura à circulação ferroviária do troço Covilhã-Guarda enquanto elemento potenciador de desenvolvimento económico e social, não só para as populações e empresas da região, mas também para todo o sistema de transporte ferroviário nacional.